Nosso Lar tem a forma de uma
estrela
de seis pontas, localizando-se a Governadoria
no centro do círculo em que está inscrita a estrela.
NOSSO LAR
(PLANO PILOTO)
Mencione-se, desde logo, que
existem dois desenhos, o primeiro que abrange apenas a estrela, onde se
localiza a Governadoria e os conjuntos habitacionais, inscritos dentro
dela, destinados aos trabalhadores de cada Ministério; o segundo já engloba
mais além, os conjuntos residenciais que, conquanto ainda afetos aos
trabalhadores do Ministério, podem ser adquiridos por estes, através de
"bonus-horas" e são suscetíveis de transmissão hereditária.
Também nele se vê a grande muralha protetora da cidade.
A cidade tem a forma de uma
estrela de seis pontas, localizando-se a Governadoria no centro do círculo
em que está inscrita a estrela.
Da Governadoria partem as coordenadas que dividem a cidade em seis partes
distintas, afetas, cada uma, ao mesmo número de organizações
especializadas, em que desdobra a administração pública, representadas,
como já se disse, pelos Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da
Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina.
Assim, a cidade está dividida em seis módulos, cada um deles partindo da
Governadoria, junto à qual se eleva a torre de cada ministério,
configurando-se como um centro administrativo.
À frente deles está a grande praça que os circunda e que, para que
se avalie o seu tamanho, está apta para receber, comodamente, um milhão de
pessoas. A médium (Heigorina Cunha)
descreve-a como belíssima, como piso semelhante ao alabastro, com muitos
bancos ao seu redor, sendo que, nos espaços em que se vê o encontro dos
vários vértices das bases dos triângulos, por detrás dos bancos, existem
fontes luminosas multicoloridas, e em torno delas, flores graciosas e
delicadas.
Além da praça temos os núcleos residenciais em forma de triângulo e que,
como já se disse, se destinam aos trabalhadores de cada Ministério, sendo
que os mais graduados residem mais próximos às praças e, portanto, ao
centro administrativo. Essas casas pertencem à comunidade e se um
trabalhador se transfere para outro Ministério, deve mudar-se também para
residir junto ao seu local de trabalho. Os quadros que se vêem desenhados
dentro do triângulo, e junto à muralha, são quadras onde se erguem as
residências.
Nos espaços que medeiam entre um núcleo habitacional e outro, seja e,
direção à muralha, seja em direção ao núcleo correspondente ao Ministério
vizinho, existem grandes parques arborizados onde se erguem outras
construções que foram detalhadas na planta, destinados ao lazer ou serviços
aos habitantes. Vê-se, por exemplo, no parque do Ministério da Regeneração,
a locação do seu Parque Hospitalar; no Ministério da União Divina. o Bosque
das Águas e, no Ministério da Elevação, o Campo da Música, todos referidos
no livro Nosso Lar.
Cada núcleo residencial é cortado, no centro, por ampla avenida arborizada
que o liga à praça principal e à Governadoria, e que se inicia junto à
muralha.
Entre os núcleos em forma de triângulo e a muralha, estão os núcleos
residenciais destinados aos Espíritos que, por seus méritos, podem adquirir
suas casa mediante pagamento em bonus-hora, que é a unidade monetária
padrão, correspondente a uma hora de trabalho prestado à comunidade. Estas
casas, pertencendo aos que as adquiriram podem ser objeto de herança. Na
planta aparecem umas poucas quadras, mas na verdade são muitas quadras, a
perderem-se de vista e que se alongam até a muralha.
Circundando toda a cidade, está a grande muralha protetora, onde se acham
assestadas as baterias de proteção magnética, para defesa contra as
arremetidas dos Espíritos inferiores, o que não deve estranhar porque, como
sabemos, a cidade está situada numa esfera espiritual de transição,
abrigando espíritos que ainda devem reencarnar.
Por fora da muralha estão os campos de cultivo de vegetais destinados à
alimentação pública.
A planta da cidade, no entanto,
carece de medidas que nos propiciem uma exata compreensão de seu tamanho.
Mas podemos imaginar sua magnitude pelas referências que André Luiz nos
faz.
É uma cidade amplamente disposta, para um milhão de habitantes.
O "aeróbus", correndo numa velocidade que não permite fixar os
detalhes da paisagem e com paradas de três em três quilômetros, demora
quarenta minutos para ir da Praça da Governadoria até o Bosque das Águas,
que está localizado na planta.
Em síntese, é o que nos mostra o
plano piloto da cidade, configurado na planta que nos veio ao conhecimento
por intermediação de nossa irmã Heigorina Cunha.
Do livro "CIDADE NO
ALÉM"
Pelos Espíritos Lúcius e André Luiz,
Médiuns: HEIGORINA CUNHA (desenhos da cidade via desdobramento)
e FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Editora: IDE
1 - O irmão Lucius fez quanto
pôde, a fim de trazer, aos amigos domiciliados no Plano Físico, alguns
aspectos de Nosso Lar, a colônia de trabalho e reeducação a que nos
vinculamos na Espiritualidade, especialmente o plano piloto que lhe diz
respeito.
Para isso, encontrou a dedicação da médium Heigorina Cunha, na cidade de
Sacramento, em Minas Gerais, no Brasil.
2 - Terá conseguido transmitir, minuciosamente, toda a imagem
do vasto contexto residencial a que nos referimos?
Decerto que não, mas estamos à frente de uma realização válida pelas formas
e idéias básicas que o mencionado amigo alinhou, cuidadosamente, através do
intercâmbio espiritual.
3 - Justo lembrar aqui os mapas que Cristóvão Colombo desenhou,
por influência de Mentores e Amigos Espirituais, antes de desvelar a figura
da América.
Semelhantes esboços não continham a realidade total, no entanto,
demonstram, até hoje, que o valoroso navegador apresentava a configuração
do Novo Continente, em linhas essenciais.
4 - Convém esclarecer que Nosso Lar é uma colônia-cidade,
habitada por homens e mulheres, jovens e adultos, que já se desvencilharam
do corpo físico.
Outras colônias-cidades espirituais, porém, existem, às centenas, em torno
da Terra, obedecendo às leis que lhe regem os movimentos de rotação e
translação.
5 - Em toda parte, depois do berço, o homem, no centro da
Natureza, é defrontado pelos princípios de seqüência.
Depois da morte também.
6 - Atendendo aos ditames da reencarnação e da desencarnação,
nascem na experiência física e liberam-se dela milhares de criaturas
humanas, no estado mental em que se comprazem.
7 - Quantos abordam o mundo material através do renascimento,
evidenciam-se na condição em que se achavam, no Plano Espiritual,
procedentes do mundo, lá se revelam tal qual se encontram, seja em matéria de
evolução ou seja ante a contabilidade da lei de causa e efeito.
8 - Ninguém é constrangido a pensar dessa ou daquela forma, por
força dos princípios universais que nos governam.
Cada consciência, encarnada ou desencarnada, é livre, em pensamento, para escolher
o caminho que lhe aprouver, ainda que esteja, transitoriamente, nos
resultados infelizes de opções que haja feito, no passado, resultados nos
quais a criatura pode amenizar ou agravar a própria situação, na pauta da
conduta que adote.
9 - Compreensível que os seres humanos transfiram para a Vida
Espiritual, quando lhes ocorra desencarnação, os ideais nobilitantes e as
paixões deprimentes, os desgostos e as alegrias, a convicção e a descrença,
os valores do entendimento e os desmandos da inteligência, o conhecimento
deficitário e a ânsia de elevação de que se vejam possuídos.
10 - Renascendo na Terra, a personalidade espiritual permanece
internada na veículo físico, cercada de testes que lhe aferem o valor
alcançado, com alicerces na assimilação do que já tenha realizado de
melhor, em si mesma; e, desencarnado, essa mesma personalidade patenteia,
claramente, o que é, como está e em que degrau evolutivo se acomoda,
irradiando de si própria o clima espiritual em que se lhe apraz viver e
conviver.
11 - No berço terrestre, a pessoa se reassume na família ou no
grupo social em que deva reaprender lições e conclusões do pretérito, com o
resgate de débitos que haja contraído, ou em que possa prosseguir nas
tarefas de amor e cooperação às quais livremente se empenha.
12 - Na desencarnação, essa mesma pessoa retoma a companhia do
grupo espiritual com que se afina, de modo a continuar mentalmente
estanque, como deseja, ou de maneira a colher os resultados felizes no
esforço de auto-sublimação que haja desenvolvido no Plano Físico, seja pelo
aperfeiçoamento realizado em si mesma ou seja pelas tarefas enobrecedoras
que tenha iniciado, entre os homens, entrando naturalmente no grupo de
elevação a que se promoveu.
13 - Todo espírito é livre, no pensamento, para melhorar-se,
melhorando o campo de vivência em que esteja, ou para complicar-se,
complicando o campo de experiências a que se vincule.
14 - Nas colônias-cidades ou colônias-parques que gravitam em
torno do Plano Físico, para domicílio transitório das inteligências
desencarnadas, é natural que a luta do bem para extinguir o mal ou o
desequilíbrio da mente, continue com as características que lhe conhecemos
na Crosta da Terra.
15 - A morte não opera milagres. O ser humano, além ela,
prossegue no trabalho do auto-burilamento ou estacionário, enquanto não
aceite a obrigação de renovar-se e evoluir.
16 - As religiões, a filosofia e a ciência continuam, por
necessidade das criaturas desencarnadas, crendo, estudando e experimentando
na sustentação do progresso e do aprimoramento humano, oferecendo vastos
domínios de serviço nobilitado aos seus intérpretes, cultivadores e
expoentes.
17 - Considerando a densidade das multidões de espíritos
desencarnados, desvalidos de orientações, vítimas de paixões acalentadas
por eles próprios, analfabetos da alma, desvairados pelos sentimentos
possessivos, portadores de enfermidades e conflitos que eles mesmos atraem
e alimentam, espíritos imaturos e desinformados, de todas as procedências,
é necessário que o lar de afinidades, o templo da fé, a escola e a
predicação, a prece e o reconforto, o diálogo e a instrução, o hospital e a
assistência, o socorro e os tratamentos de segregação, funcionem, nas
comunidades do Mais Além, com extremada compreensão de quantos lhes esposam
tarefas salvadoras.
18 - Para o esclarecimento gradativo dos espíritos
desencarnados, que se revelam necessitados de apoio e e instrução ( e
contam-se por milhões), a palavra articulada, falada ou escrita, irradiada
ou televisada, ainda é o processo mais rápido de comunicação, embora a
telepatia e a sublimação contêm, além da morte, com círculos de iniciados,
cada vez mais amplos, em elevados níveis de entendimento.
19 - Justo que a didática, no Mais Além, utilize a lição, o
exame, a exposição prática, os cursos vários de introdução ao conhecimento
superior, a disciplina, o apólogo, a fábula, os exemplos da história e
todos os recursos de auxílio aos companheiros necessitados de conhecimento
e motivação para o bem deles próprios.
20 - Nas comunidades de criaturas desencarnadas, a afinidade é
o clima ideal para a união dos seres, o interesse pela ascensão do espírito
aos planos superiores é a marca de todos aqueles que já despertaram para o
respeito a Deus e para o amor ao próximo, o trabalho do bem é incessante, a
religião não tem dogmatismo, a filosofia acata os melhores pensamentos onde
se manifestem, a ciência é humanitária e o esforço pelo próprio
aperfeiçoamento íntimo é impulso infatigável em todas as criaturas de boa
vontade.
22 - Além da morte, a vida continua e, com mais clareza, aí se
vê a realidade da teologia simples que rege a evolução, em tudo o que a
evolução possua em comum com a Natureza: "A cada um segundo as suas
próprias obras".
ANDRÉ LUIZ
Uberaba, 17 de junho de 1983.
( Anotações recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, em Uberaba,
Minas Gerais)
Do livro "CIDADE NO
ALÉM"
Pelos Espíritos Lúcius e André Luiz,
Médiuns: HEIGORINA CUNHA (desenhos da cidade via desdobramento)
e FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Editora: IDE
Som de fundo: Beethoven's Silence
(Ernesto Cortaza
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