terça-feira, 22 de dezembro de 2015

UM JOVEM, MUITO INTELIGENTE, CERTA FEITA SE APROXIMOU DE CHICO XAVIER E INDAGOU-LHE:







Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao seu guia espiritual, Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação. Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo? Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa muito confortável, uma família ajustada, o trabalho na Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa. O que me falta, Chico?
O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:
Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a "alegria dos outros"! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir para o próximo...
A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.
É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a "alegria dos outros".
Será que já paramos para refletir que todas as grandes almas, que transitam pela Terra, estiveram intimamente ligadas com algum tipo de doação?
Será que já percebemos que a caridade esteve presente na vida de todos esses expoentes, missionários que habitaram o planeta?
Sim, todos os Espíritos elevados trazem como objetivo a alegria dos outros.
Não se refere o termo, obviamente, à alegria passageira do mundo, que se confunde com euforia, com a satisfação de prazeres imediatos.
Não, essa alegria dos outros, mencionada por Emmanuel, é gerada por aqueles que se doam ao próximo, é criada quando o outro percebe que nos importamos com ele.
É quando o coração sorri, de gratidão, sentindo-se amparado por uma força maior, que conta com as mãos carinhosas de todos os homens e mulheres de bem.
Possivelmente, em algum momento, já percebemos como nos faz bem essa alegria dos outros, quando, de alguma forma conseguimos lhes ser úteis, nas pequenas e grandes questões da vida.
Esse júbilo alheio nos preenche o coração de uma forma indescritível. Não conseguimos narrar, não conseguimos colocar em palavras o que se passa em nossa alma, quando nos invade uma certa paz de consciência por termos feito o bem, de alguma maneira.
É a Lei maior de amor, a Lei soberana do Universo, que da varanda de nossa consciência exala seu perfume inigualável de felicidade.
Toda vez que levamos alegria aos outros a consciência nos abraça, feliz e exuberante, segredando, ao pé de ouvido: É este o caminho... Continue...
Sejamos nós os que carreguemos sempre o amor nas mãos, distribuindo-o pelo caminho como quem semeia as árvores que nos farão sombra nos dias difíceis e escaldantes.
Sejamos os que carreguemos o amor nos olhos, desejando o bem a todos que passam por nós, purificando a atmosfera tão pesada dos dias de violência atuais.
E lembremos: a alegria dos outros construirá a nossa felicidade.


 FONTE - ESPIRITBOOK

AMIZADE - AVE LUZ- REFLEXÃO





Judas Iscariotes é visto como um personagem traidor, na história do Cristianismo, por religiões que esquecem o cumprimento das profecias. Ele foi mais um instrumento para que o Evangelho se mostrasse vinculado aos dizeres dos profetas do passado, mostrando, com os fatos, a realidade de sua existência divina.
Iscariotes nasceu em uma pequena cidade, situada no ambiente de Judá, que em épocas recuadas fora berço e domínio do famoso rei Davi, conhecido pelas conquistas sem precedentes. A aldeia de Judas era localizada no sul da região e mostrava grande escassez na produção de alimentos de primeira necessidade. Contudo, as encostas das montanhas rochosas aliviavam as necessidades mais imediatas, principalmente com a produção de uvas e batatas. Parece que Judas herdou o sobrenome de Iscariotes do seu berço natal, denominado Quiriotes.
Vamos apresentar o nosso apreço por esse personagem que aceitou, no mundo espiritual, o desempenho de tarefa tão espinhosa. Judas Iscariotes fita o sol que começa a se esconder, refletindo seus raios dourados e mortiços no grande lençol das águas do Lago de Genesaré. Com passos agitados, caminha às margens do histórico lago. Seus pensamentos fervilham com problemas que o fazem esquecer até a esperança.
A subconsciência agita seus mais sensíveis nervos, fazendo registrar na consciência, mais ou menos de leve, desagradáveis ações de um passado distante. Estava em luta consigo mesmo, em sérios conflitos íntimos, para os quais não encontrava solução. Sabia da reunião com o Mestre, naquela noite, mas o impulso de fugir parecia dominar o dever de comparecer, e a luta se mostrava ainda maior. Judas parecia mais uma fogueira humana sob forma de apóstolo. De um lado, pressentia um abismo sem fim, e do outro, vislumbrava o Cristo lhe ofertando as mãos em forma do amor mais puro que conhecera em seus passos no turbilhão da Terra.
Judas, devido ao estado deprimente em que se encontrava, por várias vezes sentia que todos os companheiros eram seus inimigos. Tinha medo de ser traído pelos seus parceiros mais íntimos e nunca confiara em seus próprios pais. A sua depressão era acentuada quando voltava à sua terra natal. A noite chega de mansinho e uma mão invisível toca suavemente sua cabeça agitada, acalmando-a. Judas dobra seus joelhos em uma pequena réstia de areia e busca a Deus pela prece. Lembra-se fortemente de Jesus e dos seus compromissos para com a comunidade apostolar, e parte, mesmo atrasado, para a reunião marcada pelos discípulos com a presença iluminada do Divino Mestre.
Entra sorrateiramente no salão, sem ser visto. Porém, vê duas tochas de luz visando-o com esplendente carinho e, sem querer, é envolvido por aquela incrível suavidade. Já com o coração tranqüilo, toma assento. Vê algumas letras na pequena tora em que Jesus se sentara, que chamam sua atenção: Ave Luz!
Pedro, entendendo a intenção de Jesus, levanta-se e ora com inefável humildade; dentro do salão corria uma brisa portadora de energia espiritual, interligando o amor de Jesus com todos os seus companheiros. E um perfume brando é sentido por todos.
Quando Cristo abre os olhos para abençoar seus discípulos, nota a expressão do olhar de Judas, que se levanta com certo embaraço e fala com interesse: Senhor! O que é Amizade, sobre que tanto escuto dos companheiros de aprendizado e cuja eficácia desconheço quase por completo? Não sinto, Mestre, por mais que eu me esforce, Amizade por alguém, será que nasci desprovido dessa virtude, por herança dos meus ancestrais?
Cristo mira Judas, compadecido, e responde, com firmeza: Amizade, meu filho, nasce de ideais idênticos. Não queiras desprezar a ti mesmo, nem aos outros, por não sentires ainda a segurança de que precisas com relação aos companheiros. E não podes, por tais motivos, julgar inferiores os teus sentimentos por não serem idênticos aos dos teus semelhantes.
Hoje, ao cair da tarde, margeando o Lago de Genesaré, encontravas-te confuso. Ao apelares para a súplica, tudo se clareou para o teu coração torturado. Foi a mão divina que veio ao teu encontro, pela misericórdia de Deus. E depois da súplica, o que fizeste? Tomaste a decisão de nos satisfazer com a tua presença. Continua a usar o poder da prece nas horas de insegurança, sem que tua razão interfira na simplicidade e na espontaneidade desse ato divino.
Judas tornou-se aceso de expectativa. Brilhou no seu íntimo certa esperança. Algo dentro dele dizia do respeito àquele Senhor que falava com tanta sabedoria e que estava presente em lugares nunca suspeitados. Seu pensamento fervilhava de emoção e de encanto. Seus lábios sussurraram baixinho, na cadência da disciplina: Será que este homem é o próprio Deus, entre nós? Estando a sós, somente eu sei o que penso e faço. Como ele me viu andando aflito à beira do Genesaré?
O Mestre deu tempo ao tempo, e prosseguiu sua alocução: Judas, meu filho, não podemos exigir Amizade de pessoa alguma. Ela é como os primeiros laços de amor entre as criaturas e se mãos inábeis não conseguem atar esses laços, é de bom grado que não te esmoreças no grandioso labor da conquista pelo trabalho de auto aprimoramento, no silêncio da caridade.
Nenhum de nós nasce com deficiência, já que isto implicaria na deficiência de Deus, o que seria o absurdo dos absurdos. É justo que creias na paternidade do Senhor, que nos comanda a todos, sem distinção. Vê se há alguma restrição para o ar que respiras, para a água que bebes, para os alimentos que comes. São elementos de vida de caráter universal, semeando a paz e multiplicando a vida em toda a parte, em nome d’Aquele que nos criou por amor.
A assembléia parecia esquecida de que pertencia ao mundo físico, vivendo somente no reino da mente, onde Jesus era a central das emoções espirituais. Judas tentou estender suas indagações, mas o Nazareno prosseguiu, com afabilidade: Se queres confiar nos outros, Judas, prepara-te primeiro para que possas confiar em ti mesmo. A Amizade surge da confiança, da certeza de que estás sendo útil, sem que a usura exija algo em troca.
Quando vires entre teus irmãos que te rodeiam, inimigos, isso é reflexo do inimigo que alimentas dentro do coração, da dúvida, da maledicência, da ambição e da preguiça. Deves estar atento a isso. Não faças aos outros o que não queres para ti mesmo. Se porventura fores atingido por alguma falsidade, é bom que não esqueças do perdão. Se, por acaso, o teu companheiro não te deu a atenção merecida, espera com humildade, que o tempo, diante da tua educação, irá fazer com que o teu irmão compreenda a necessidade da tua companhia, reparando o gesto impensado, com redobrado carinho em leu favor.
Não devemos escolher a quem dedicamos gentileza, e, o sorriso, ao invés de nos enfraquecer, harmoniza nosso campo de vida. Não negues alegria a ninguém, pois a felicidade caminha também por essas vias. O Mestre dava a entender que via as estrelas sem se sujeitar aos obstáculos do telhado. Corria os olhos para cima, estampando em seu nobre rosto uma expressão encantadora. Deixando que o silêncio dominasse o ambiente, espera alguns minutos. Ninguém se manifesta.
Judas, nesse momento, regredia no tempo e no espaço. Fazia viagens em pensamento, descortinando lugares que nunca pensara existir. Lembra-se firmemente de Deus e vê em Cristo a figura mais autorizada para falar sobre as leis do Criador. Deduz então que sua magnânima presença apaga todas as figuras de todos os reis da Terra, de todos os sacerdotes do mundo, e confunde todos os sábios de todas as filosofias.
Jesus, quase transfigurado, acentua com delicadeza: Judas, se queres mesmo ter Amizade, não deixes que falte fidelidade em teus pensamentos, palavras e atos, porque aqueles que queres como amigos, talvez esperem isso de ti. Nós todos temos volumosos compromissos para com os céus e é de justiça que cumpramos os nossos deveres diante de Deus, nosso Pai Celestial, e da nossa consciência, que é Ele, igualmente, dentro de nós. Se o amor nasce da Amizade, a Amizade aparece do esforço que dedicamos à aquisição do amor.
Começa hoje mesmo a sentir amor por toda a criação, para que possas chegar aos homens com acentuada segurança e tenhas a certeza de que não ficará em vão esse exercício espiritual. O sol nasce para todos, assim a chuva, assim a Amizade de Deus para conosco e de nós para com os nossos semelhantes. Trabalha e serve indistintamente, que a vida marcará, sem a figuração dos erros, todos os teus tentos de labor no bem imortal.
Judas estava emocionado, por ouvir tantas palavras sábias. Mantinha-se de pé por respeito ao Senhor. De seus olhos cerrados rolavam lágrimas sem conta. Os onze companheiros pareciam tranqüilos, mas também choravam por dentro, de tanta alegria espiritual. Eles escreviam nos corações, com o dedo da inteligência, letras de luz ligadas aos ensinos ministrados pelo divino doador, naquela noite inesquecível em que Judas Iscariotes, pela vidência, descobriu, brilhando na cepa de madeira onde Jesus se sentava, a expressão:
Ave Luz..


FONTE -  ESPIRITBOOK.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

RECLAMAR MENOS -




“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas" - Jesus (Mateus, 7:12). 

Para extinguir a cultura do ódio nas áreas do mundo, imaginemos como seria melhor a vida na terra se todos cumpríssemos fielmente o compromisso de reclamar menos.

Quantas vezes nos maltratamos, reciprocamente, tão só por exigir que se realize, de certa forma, aquilo que os outros só conseguem fazer de outra maneira! De atritos mínimos, então partimos para atitudes extremas. Nessas circunstâncias, costumamos recusar atenção e cortesia até mesmo àqueles a quem mais devemos consideração e amor; implantamos a animosidade onde a harmonia reinava antes; instalamos o pessimismo com a formulação de queixa desnecessária ou criamos obstáculos onde as grandes realizações poderiam ter sido tão fáceis. Tudo porque não desistimos de reclamar, - na maioria das ocasiões, - por simples bagatelas.

De modo geral, as reivindicações e desinteligências reportam, mais frequentemente, entre aqueles que a Sabedoria Divina reuniu com os mais altos objetivos na edificação do bem, seja no círculo doméstico, seja no grupo de serviço ou de ideal. Por isso mesmo, os conflitos e reprovações aparecem quase sempre no mundo, nas faixas de ação a que somos levados para ajudar e compreender. Censuras entre esposo e esposa, pais e filhos, irmãos e amigos. De pequenas brechas se desenvolvem os desastres morais que comprometem a vida comunitária desentendimentos, rixas, perturbações e acusações. 

Dediquemos à solução do problema as nossas melhores forças, buscando esquecer-nos, de modo a sermos mais úteis aos que nos cercam, e estejamos convencidos de que a segurança e o êxito de quaisquer receitas de progresso e elevação solicitam de nós a justa fidelidade ao programa que a vida estabelece em toda parte, a favor de nós todos: reclamar menos e servir mais. 

Do livro "Segue-me"
pelo Espírito Emmanuel
Médium: Francisco C. Xavier

TENSÃO EMOCIONAL -







 


Não raro, encontramos, aqui e ali, os irmãos doentes por desajustes emocionais.

Quase sempre, não caminham. Arrastam-se. Não dialogam. Cultuam a queixa e a lamentação.

E provado está que, na Terra, a tensão emocional da criatura encarnada se dilata com o tempo.

Insegurança, conflito íntimo, frustração, tristeza, desânimo, cólera, inconformidade e apreensão, com outros estados negativos da alma, espancam sutilmente o corpo físico, abrindo campo a moléstias de etiologia obscura, à força de se repetirem constantemente, dilapidando o cosmo orgânico. 

Se consegues aceitar a existência de Deus e a prática salutar dessa ou daquela religião em que mais te reconfortes, preserva-te contra semelhante desequilíbrio... 

Começa, aceitando a própria vida, tal qual é, procurando melhorá-la com paciência. 

Aprende a estimar os outros, como se te apresentem, sem exigir-lhes mudanças imediatas.

Dedica-te ao trabalho em que te sustentes, sem desprezar a pausa de repouso ou o entretenimento que se te restaurem as energias.

Serve ao próximo, tanto quanto puderes.

Detém-te no lado melhor das situações e das pessoas, esquecendo o que te pareça inconveniente ou desagradável.

Não carregues ressentimentos.

Cultiva a simplicidade, evitando a carga de complicações e de assuntos improdutivos que te furtem a paz.

Admita o fracasso por lição proveitosa, quando o fracasso possa surgir.

Tempera a conversação com o fermento da esperança e da esperança e da alegria.

Tanto quanto possível, não te faças problema para ninguém, empenhando-te a zelar por ti mesmo.

Se amigos te abandonam, busca outros que consigam compreender com mais segurança.

Quando a lembrança do passado não contenha valores reais, olvida o que já se foi, usando o presente na edificação do futuro melhor.

Se o inevitável acontece, aceita corajosamente as provas em vista, na certeza de que todas as criaturas atravessam ocasiões de amarguras e lágrimas.

Oferece um sorriso de simpatia e bondade, seja a quem for.

Quanto à morte do corpo, não penses nisso, guardando a convicção de que ninguém existiu no mundo, sem a necessidade de enfrentá-la. 

E, trabalhando e servindo sempre, sem esperar outra recompensa que não seja a bênção da paz na consciência própria, nenhuma tensão emocional te criará desencanto ou doença, de vez que se cumpres o teu dever com sinceridade, quando te falte força, Deus te sustentará e onde não possas fazer todo o bem que desejas realizar Deus fará sempre a parte mais importante!... 

Do livro "Companheiro", pelo Espírito Emmanuel
Médium: Francisco C. Xavier
NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:
http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html
Realização:
Instituto André Luiz
http://www.institutoandreluiz.org/
Evangelizando Corações - Instituto André Luiz - Material apropriado para o culto do Evangelho no Lar, Evangelização de Crianças e Jovens, Encontro de Pais e Palestras em geral.

domingo, 22 de novembro de 2015

OS ENVIADOS DE CRISTO - MÉDIUM EUNICE GONDIM





Os Enviados de Cristo 
Autor Espiritual: Dr. Wilton 
Pela Médium Eunice Gondim 


Quando Jesus veio à Terra tinha como missão alertar a humanidade para que ela encontrasse através dos seus ensinamentos e dos seus exemplos o caminho para uma vida mais plena de amor, paz e caridade. Mas infelizmente os homens não queriam esses ensinamentos, pois eram felizes com a vida que levavam, pensando somente no materialismo e nos prazeres gerados pelo dinheiro e pelo poder. Essa visão devia-se principalmente à sua ignorância em relação ao mundo espiritual, pois muito pouco tinha sido pregado sobre ele, embora outros profetas tivessem vindo antes de Cristo. 

Nos tempos atuais o homem não pode mais usar a ignorância como desculpa para não seguir os ensinamentos de Jesus, pois os meios que a Ciência tem proporcionado para ajudá-los a compreender esses ensinamentos não são poucos e tem lhes aberto as mentes para o raciocínio e a compreensão dos fatos de maneira mais clara e objetiva. 

Jesus não tendo cumprido plenamente sua missão naquela época, pelos motivos aos quais já nos referimos, envia agora outros irmãos os quais vêm a esse planeta com uma missão bem definida que é dar continuidade aos seus ensinamentos, agora num outro contexto social e intelectual, bem diferentes daquela época e muito mais favoráveis ao entendimento de suas mensagens. Esses enviados de Cristo são pessoas abençoadas as quais encontram o caminho certo para cumprir sua missão e dispõem de meios que Jesus naquela época não dispunha. Os meios de comunicação, aperfeiçoados pelo avanço da Ciência, permite que esses enviados se comuniquem praticamente com o mundo todo num pequeno espaço de tempo, enquanto Jesus peregrinava a pé e sem se alimentar para dar conta de um pequeno número de irmãos. Além disso, os homens hoje têm um poder de compreensão muito grande devido a abertura de mente que a Ciência lhe tem proporcionado. O avanço da Ciência espírita é outro fator favorecedor para a compreensão, pelos homens, das verdades que Cristo passa através de seus enviados, pois sendo o espiritismo uma Ciência e uma Filosofia bem definidas nos seus objetos de estudo, constituem-se num caminho bastante facilitador da compreensão humana.
 
Mas aí poderemos nos perguntar: Se Cristo enviou essas pessoas e o contexto atual facilita tanto a compreensão dos homens por não serem mais ignorantes como naquela época, por que então a humanidade se encontra num estado de confusão tal, onde prevalece a violência como lei maior demonstrando assim ainda serem os homens os mesmos bárbaros da época em que Cristo aqui esteve, ou ainda piores? 

Os enviados de Cristo, embora aparentemente estejam em vantagem, contam agora, no entanto, com outros fatores que os impedem de cumprir sua missão. É que na época atual, o mesmo avanço científico que ajuda no raciocínio humano, proporciona também mais prazeres mundanos aos homens ocupando o tempo e tirando-lhes a vontade de dedicar-se a aprender e a seguir os ensinamentos Crísticos. Esses homens dedicam a maior parte de seu tempo a obter bens materiais e a aproveitarem os prazeres que a tecnologia lhes oferece e dessa forma não dispõem de espaço para a espiritualidade permanecendo alheios aos bens espirituais. 

Como podemos perceber, os enviados atuais de Cristo enfrentam muitas dificuldades para cumprir sua missão embora essas sejam de outro tipo das enfrentadas pelo Divino Mestre. Mas mesmo assim, vale a pena ressaltar que, mesmo com essas dificuldades, tanto os enviados encarnados como os desencarnados têm conseguido tocar várias mentes e corações, pois já se observa no planeta um grande número de obreiros do Senhor a batalhar por um mundo melhor e assim conseguir a elevação desse mundo a um grau maior de evolução. Fica aqui o meu louvor a todos os enviados de Cristo ao planeta Terra e as minhas bênçãos para que consigam cumprir a sua missão mesmo que parcialmente, pois nem o grande mestre Jesus a cumpriu plenamente.

 
Fonte: Centro Espírita No Caminho da Luz

POR QUE DOÍ TANTO?





Não há quem caminhe pelas estradas da vida sem que cruze, em algum momento, pelos caminhos da dor. Em um mundo inconstante, onde as certezas são relativas, a dor é processo quase que inevitável.

Algumas vezes, ela vem carregando consigo a separação de quem amamos, pelo fenômeno da morte. Outras vezes é a doença que se instala, no nosso ou no corpo alheio.

Outras ainda, a dor é o revés financeiro, que nos perturba a mente e desfaz alguns planos.

Seja qual for sua origem, a dor vai sempre provocar momentos de reflexão e análise. Ela é o freio que a vida faz em nosso cotidiano, em nossos valores, em nossas manias mesmo, provocando o questionamento das coisas da vida e dos caminhos que percorremos.

Nesse questionamento, alguns optam pelo caminho da revolta. São os que maldizem a Deus, que se vêem injustiçados, pois não mereciam tal desdita, que não vêem utilidade nenhuma na dor, a não ser o sofrimento pelo sofrimento.

Outros utilizam a dor como aprendizado. São os que entendem os mecanismos de Deus como justos, e Deus como infinitamente amoroso para cada um de nós. Isso porque se Deus é a síntese maior do amor, certamente Seus desígnios são pautados pelo amor.

As perguntas: Por que comigo?, Será que eu mereço isso?, ou Para que tudo isso?, são os anseios de nossa alma a tentar entender as Leis da vida.

É necessário que repensemos qual o papel da dor para cada um de nós. Ela não é simples ferramenta de castigo de Deus, ou ainda, obra do acaso.

Um Deus amoroso jamais agiria por acaso, ou castigaria Seus filhos.

Toda dor que nos surge é convite da vida para o progresso, para a reflexão, para a análise de nossos valores e de nosso caminhar.

Sempre que ela surge, traz consigo a oportunidade do aprendizado, que não se faria melhor de outra forma, caso contrário, Deus acharia outros caminhos.

Não que devamos ser apologistas da dor, e buscá-la a todo custo. De forma alguma. Deus nos oferece a inteligência, e os recursos das mais variadas ciências, para diminuir nossas dificuldades e dores.

Assim, para as dores da alma, devemos buscar os recursos da psicologia e da psiquiatria. Para as dificuldades do corpo físico, os recursos clínicos ou cirúrgicos.

Porém, quando todos esses recursos ainda se mostrarem limitados, a dor que nos resta é nosso cadinho de aprendizado. A partir daí, nossa resignação dinâmica perante os desígnios da vida nos ajudará a entender qual recado e qual lição a vida nos está oferecendo.

Quando começarmos a entender que a dor sempre vem acompanhada do aprendizado, começaremos a entender melhor a música da vida, e qual canção ela está nos convidando a aprender a cantar.

Afinal, nada que nos aconteça é obra do acaso. Somos herdeiros de nós mesmos, desde os dias do ontem, e hoje inevitavelmente nos encontramos com nossas heranças.

As carências de hoje é o que ontem desperdiçamos, e as dores que surgem são espinhos que colhemos agora, de um plantio que se fez deliberadamente nos caminhos percorridos.

A dor é mecanismo que a vida nos oferece de crescimento e aprendizado. Porém ela somente será necessária como ferramenta de progresso enquanto o amor não nos convencer e tomar conta do nosso coração.

A partir de então, não mais a dor será visita em nossa intimidade, pois toda ela estará tomada em plenitude pelo amor, que, como bem nos lembra o Apóstolo Pedro, é capaz de cobrir a multidão dos pecados.


Redação do Momento Espírita.


FONTE - ESPIRITBOOK