sábado, 28 de fevereiro de 2015

INIMIGOS OCULTOS -

E





Mencionamos, com muita freqüência, que os inimigos exteriores são os piores expoentes de perturbação que operam em nosso prejuízo. Urge, porém, olhar para dentro de nós, de modo a descobrir que os adversários mais difíceis são aqueles de que não nos podemos afastar facilmente, por se nos alojarem no cerne da própria alma.

Dentre eles, os mais implacáveis são:

- o egoísmo, que nos tolhe a visão espiritual, impedindo vejamos as necessidades daqueles que mais amamos;
- o orgulho, que não nos permite acolher a luz do entendimento, arrojando-nos a permanente desequilíbrio;
- a vaidade, que nos sugere a superestimação do próprio valor, induzindo-nos a desprezar o merecimento dos outros;
- o desânimo, que nos impele aos precipícios da inércia;
- a intemperança mental, que nos situa na indisciplina;
- o medo de sofrer, que nos subtrai as melhores oportunidades de progresso, e tantos outros agentes nocivos que se nos instalam no Espírito, corroendo-nos a energias e depredando-nos a estabilidade mental.

Para a transformação dos adversários exteriores contamos, geralmente, com o amparo de amigos que nos ajudam a revisar relações, colaborando conosco na constituição de novos caminhos; entretanto, para extirpar os que moram em nós, vale tão-somente o auxílio de DEUS, com o laborioso esforço de nós mesmos.

Reportando-nos aos inimigos externos, advertiu-nos JESUS que é preciso perdoar as ofensas setenta vezes sete vezes, e decerto que para nos descartarmos dos inimigos internos – todos eles nascidos na trevas da ignorância – prometeu-nos o Senhor: “conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”, o que equivale dizer que só estaremos a salvo de nossas calamidades interiores, através de árduo trabalho na oficina da educação. 

pelo Espírito Emmanuel
Do livro: "Alma e Coração"
Médium: Francisco Cândido Xavier
Fonte: Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

SILENCIA E ESPERA

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No tumulto das inquietações da Terra, é provável encontres igualmente os
desafios que se erigem por testes de compreensão e serenidade, no caminho de
tantos companheiros de experiência. 

Quanto possível, habitua-te a entesourar paciência, com a qual disporás de
suficientes recursos para adquirir as forças espirituais de que necessitarás,
talvez, para a travessia de grandes provas, sem risco de soçobro nas correntes do
desespero. 

Provavelmente ainda agora estarás suportando a incompreensão de pessoas
queridas, em forma de prevenções e censuras indébitas; entretanto, se o assunto
diz respeito unicamente ao teu brio pessoal, cala-te e espera. 

Se amigos de ontem transformaram-se em adversários de tuas melhores
intenções, tolera as zombarias e remoques de que te vês objeto e de nada te
queixes. 

Diante de criaturas que te golpeiem conscientemente a vida, impondo-te 
embaraços e desilusões, desculpa e esquece, renovando os próprios pensamentos
na direção dos objetivos superiores que pretendas alcançar. 

E ainda mesmo que agressões e ofensas te firam nos recessos da alma,
sugerindo-te duros acertos de conta, à face da manifesta injustiça com que te
tratem, não passes recibo nas afrontas que te sejam endereçadas e nada
reclames em teu favor. 

Não piores situações em que alguém te coloque, não te revoltes, nem te
lastimes. 

Silencia e espera, porque Deus e o Tempo tudo esclarecem, restabelecendo a
verdade, e, para que os irmãos enganados ou enrijecidos na ignorância se curem
das ilusões e das crueldades a que se entregam, bastar-lhes-á simplesmente
viver. 

Autor: Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier
Do livro: "Calma"
Fonte: site "O Espiritismo"

DA SOMBRA PARA A LUZ -















Estranhamos, muitas vezes, na Terra, a multiplicidade dos conflitos emocionais que nos assaltam, de improviso, assinalando deploráveis influências ocultas. 

Em muitas circunstâncias, basta leve impulso na direção do bem, para que se manifestem, desesperadas, como a impedir-nos o acesso à Vida Superior. 

Na iniciação da mediunidade, surgem, quase sempre, na forma de obsessões marginais, ameaçando-nos as mais belas aspirações, tanto quanto na construção da fé viva, adentro de nosso grupo familiar, aparecem na feição de desentendimento e discórdia, a se expressarem rudes e virulentas naqueles que mais amamos. 

Entretanto, no exame do problema, recorramos a quadro simples da natureza. 

Toda vez que necessitamos rasgar estradas novas no seio da gleba anônima, duro trabalho de educação do solo se faz imprescindível. 

Sobre o chão agressivo e áspero, picareta e trator se mostram necessários, reclamando-se, ainda, o auxilio do pedregulho arestoso na pavimentação do caminho antes que o homem se valha dele na movimentação do progresso. 

Utilizamos-nos do símile para considerar que também na abertura de novas rotas do espírito, tarefas sacrificiais se exigem de nós com vistas ao indispensável burilamento e, assim como os engenheiros supervisionam a obra, confiando-a braços rijos, habilitados à remoção do material primitivo e inferior, também os Instrutores Celestes, sem perder-nos, entrega-nos a companheiros mais ou menos semelhantes a nós, que nos desbastam o campo íntimo, através de lutas e sofrimentos até que lhes ofereçamos justo padrão de serviço ao apostolado de luz que se propõem a veicular. 

É por isso que, em todos os percalços de nossa edificação para a Vida Eterna, realmente, não podemos dispensar o concurso efetivo da paciência, porque somente por essa virtude singela e renovadora é que poderemos vencer as inibições externas com o necessário triunfo sobre nós mesmos. 

Emmanuel
Do livro “Linha Duzentos”
Francisco Cândido Xavier
Fonte: site "Mensagens Espíritas" 

A FÉ





Eu sou a irmã mais velha da Esperança e da Caridade, chamo-me a Fé. 

Sou grande e forte; aquele que me possui não teme nem o ferro e nem o fogo: é a prova de todos os sofrimentos físicos e morais. 

Irradio sobre vós com um faixo cujos jatos faiscantes se refletem no fundo dos vossos corações, e vos comunica a força e a vida. 

Diz se entre vós que ergo as montanhas, e eu vos digo: venho erguer o mundo, porque o Espiritismo é a alavanca que deve me ajudar. 

Uni-vos, pois, a mim, eu sou a 

Eu sou a Fé! Habito, com a Esperança, a Caridade e o Amor, o mundo dos puros Espíritos; 

Frequentemente, deixei as regiões etéreas, e vim sobre a Terra para vos regenerar, dando-vos a vida do Espírito; mas, à parte os mártires dos primeiros tempos do Cristianismo, e alguns fervorosos sacrifícios, de longe em longe, ao progresso da ciência, das letras, da indústria e da liberdade, não encontrei, entre os homens, senão indiferença e frieza, e retomei tristemente meu voo para os céus; vós me crieis em vosso meio, mas vos enganastes, porque a Fé sem as obras é uma aparência de Fé; a verdadeira Fé é a vida e a ação. 

Antes da revelação do Espiritismo, a vida era estéril, era uma árvore seca pelos estrondos do raio que não produzia nenhum fruto. 

Não se me reconhecia pelos meus atos: eu ilumino as inteligências, aqueço e fortaleço os corações; expulso para longe de vós as influências enganadoras e vos conduzo a Deus pela perfeição do espírito e do coração. 

Vinde vos alinhar sob minha bandeira, sou poderosa e forte: eu sou a Fé. 

Eu sou a Fé, e o meu reino começa entre os homens; reino pacífico que vai torná-los felizes para o tempo presente e para a eternidade. 

A aurora de meu advento entre vós é pura e serena; seu sol será resplandecente, e seu deitar virá docemente embalar a Humanidade nos braços das felicidades eternas. 

Espiritismo! Derrama sobre os homens o teu batismo regenerador; faço-lhes um apelo supremo: eu sou a Fé. 

Texto de Georges, bispo de Périgueux – Revista Espírita
Fonte: site "Espiritismo - Luz, Caridade e Amor"

Extraido  do  Espiritbook