Quem nos há-de dar provas convincentes da imortalidade, senão aqueles
que já passaram pelo transe da morte? Quem nos há-de falar com autoridade da
vida do além, senão aqueles que lá se encontram? A fé personificada em
Jesus-Cristo é aquela que se baseia na revelação. "Bem-aventurado és
Simão, porque não foi a carne nem o sangue quem, por ti, acaba de confessar que
eu sou o Cristo, mas meu Pai que está no céu. Tu és Pedro e sobre esta pedra (a
revelação de que Pedro fora o instrumento) edificarei a minha igreja."
Revelação quer dizer comunhão com o além, donde nos é transmitida alguma
verdade que nos interessa saber. Daí o testemunho vivo da imortalidade, da vida
futura que de lá nos acena em gestos magníficos de solidariedade fraternal.
Há mais júbilo no céu, afirma o Evangelho, por um pecador que se
regenera que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento. Isto
atesta o fato, para nós importante, de que o Céu não está isolado da Terra, que
os de lá acompanham com interesse a vida dos de cá; e tal interesse é tão
acentuado e positivo que a vitória do pecador importa em alvoroço festivo na
sociedade celeste dos que já triunfaram e fruem o justo prêmio de suas
conquistas.
Céu e Terra, anjos e homens, santos e pecadores acham-se todos
entrelaçados pelos liames sagrados do afeto, numa comunhão que nada pode
quebrar. Tal é a religião da revelação contra a qual as potências do mal jamais
prevalecerão. Tais são as chaves que nos abrem os pórticos dos tabernáculos
eternos. Tal é a força que liga na Terra o que está ligado no Céu, e liga no
Céu o que está ligado na Terra.
Bem-aventurada
seja a consoladora religião da revelação que irmana todos os seres, vinculando-os
num soberbo e majestoso amplexo de amor.
FONTE - Espiritbook.
FONTE - Espiritbook.
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