quarta-feira, 25 de março de 2015

A TRISTEZA QUE FERE







O homem chegou em casa, naquela noite, trazendo o mau humor que o caracterizava há alguns meses. Afinal, eram tantos os problemas e as dificuldades, que ele se transformara em um ser amargo, triste, mal humorado. 

Colocou a mão na maçaneta da porta e a abriu. A luz acesa na cozinha iluminava fracamente a sala que ele adentrou. Deteve o passo e pôde ouvir a voz do filho de seus quatro anos de idade:
- Mamãe, por que papai está sempre triste? 

- Não sei, amor, respondeu a mãe, com paciência. Ele deve estar preocupado com seus negócios. O homem parou, sem coragem de entrar e continuou ouvindo:
- Que são negócios, mamãe? 

- São as lutas da vida, filho. 

Houve uma pequena pausa e depois, a voz infantil se fez ouvir outra vez: - Papai fica alegre nos negócios? 

- Fica, sim, respondeu a mãe. 

- Mas, então, por que fica triste em casa? 

Sensibilizado, o pai de família pôde ouvir a esposa explicar ao pequenino: - Nas lutas de cada dia, meu filho, seu pai deve sempre demonstrar contentamento. Deve ser alegre para agradar o chefe da repartição e os clientes. É importante para o trabalho dele. Mas, quando ele volta para casa, ele traz muitas preocupações. Se fora de casa, precisa cuidar para não ferir os outros, e mostrar alegria, gentileza, não acontece o mesmo em casa. 

- Aqui é o lar, meu filho, onde ele está com o direito de não esconder o seu cansaço, as suas preocupações. 

A criança pareceu escutar atenta e depois, suspirando, como se tivesse pensado por longo tempo, desabafou:
- Que pena, hein mãe? Eu gostaria tanto de ter um pai feliz, ao menos de vez em quando. Gostaria que ele chegasse em casa e me pegasse no colo, brincasse comigo. Sorrisse para mim. Eu gostaria tanto... 

Naquele momento, o homem pareceu sentir as pernas bambearem. Um líquido estranho lhe escorreu dos olhos e ele se descobriu chorando. Meu Deus, pensou. Como estou maltratando minha família. 

E, ainda emocionado, irrompeu pela cozinha, abriu os braços, correu para o menino, abraçou-o com força e lhe convidou:
- Filho, vamos brincar? 

Não há quem não tenha problemas, lutas e dificuldades. Compete, no entanto, saber administrá-las de forma a que elas não se tornem um fantasma de tristeza, um motivo de auto-compaixão. 

Mesmo porque ninguém tem somente coisas ruins em sua vida. Ao lado das lutas constantes, existem sempre as compensações que Deus providencia. 

Ter um lar, esposa, filhos, família, pais amorosos é o oásis de paz que a divindade nos concede a fim de que restabeleçamos as forças para o prosseguimento do bom combate. 
Fonte:Minuto Poético

HINDUISMO - FUNDAMENTOS IMPORTANTES















* Para o Hinduísmo, as pessoas possuem um espírito (atman), que é uma força perene e indestrutível. A trajetória desse espírito depende das nossas ações, pois a toda ação corresponde uma reação - Lei do Carma. 

* Enquanto não atingimos a libertação final - chama de moksha -, passamos continuamente por mortes e renascimentos. Este ciclo é denominado Roda de Samsara, da qual só saímos após atingirmos a Iluminação. 

* Os rituais se compõem de dois elementos principais: Darshan, que é a meditação / contemplação da divindade, e o Puja (oferenda). 

* A alimentação vegetariana é um dos pontos essenciais da filosofia hindu. Isso porque é livre da impureza (morte / sangue), e como todo alimento deve ser antes oferecido aos deuses, não se poderia ofertar algo que fosse "sujo". 

* As preces são entoadas como cânticos no idioma sânscrito, língua "morta" que deu origem ao hindi e a um grande número de dialetos praticados na Índia. Essas preces recebem o nome de mantras. Os mantras são dirigidos a diversas divindades, ou estimulam qualidades pessoais. Em geral, são entoados 108 vezes, e para sua contagem utiliza-se o japa-mala (colar de contas), uma espécie de "rosário", confeccionado em sândalo ou com sementes de rudraksha (árvores consideradas altamente auspiciosas pela tradição indiana). 

* O mantra mais importante é o OM, "sílaba sagrada" que representa o próprio nome de Deus. OM é a semente de todos os mantras e princípio da criação. Foi dele que derivou toda a matéria - neste aspecto, podemos até traçar um paralelo com o gênesis da Bíblia: "E o som se fez carne". 

* O hindu costuma manter em casa um altar de devoção a seu deus, no qual queima incenso, coloca flores, velas e oferendas. Também freqüenta os templos que estão entre os de arquitetura mais exuberante do mundo. Cada altar possui sempre a estátua de seu deus, e nos templos as imagens são diariamente despertadas pela manhã, lavadas, vestidas e enfeitadas com flores pelos sacerdotes. Diante do altar, os hindus recitam mantras, fórmulas sagradas escritas nos Vedas que podem aproximá-los dos deuses. Peregrinar para visitar os templos e lugares sagrados são práticas habituais. Algumas das celebrações hindus são o Festival das Luzes, comemorado em todo o país no outono com o acender de velas, o Festival das Nove Noites para a deusa Durga, em setembro ou outubro, o Festival da deusa Shiva, em março, e o Festival de Krishna, em agosto. 

(parte desse material foi extraído do site http://www.guruweb.com.br
Fonte:Minuto Poético

MÉDIUNS E A NOVA VISÃO DA MEDIUNIDADE










O termo médium foi criado por Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, em 1861, quando publicou a primeira edição de O Livro dos Médiuns. A palavra vem do latim e significa intermediário ou intérprete, mas Kardec a adotou para designar "toda pessoa que sente a influência dos espíritos, em qualquer grau de intensidade".
Para Kardec e os espíritas, portanto, médium é aquela pessoa que serve de intermediária ou intérprete entre o mundo dos "vivos" e o mundo dos "mortos".No entanto, os fenômenos espirituais são muito mais antigos que isso, tão antigos quanto o próprio ser humano e anteriores a qualquer religião, e sempre estiveram presentes, de forma muito natural, nas mais diferentes culturas, tradições e épocas. E nós vamos encontrar o contato com o "mágico" ou o "sobrenatural" entre os celtas, os hebreus, os gregos, os romanos, os sírios, os persas, os hindus, os egípcios, os chineses, os xamãs das mais diversas origens, etc.
O contato com o mundo espiritual foi sempre muito comum, principalmente nos meios religiosos, embora tivesse outros nomes e objetivos. Nas tribos humanas primitivas, as manifestações "mágicas" quase sempre denotavam a presença de espíritos ("almas" ou "sombras" dos mortos). Nas atividades religiosas das civilizações antigas, a consulta e a comunicação com "deuses" e "forças espirituais" eram comuns, ainda que não se falasse exatamente em médiuns e mediunidade, uma vez que, naqueles tempos, as pessoas com a faculdade de se comunicar com espíritos ou forças correspondentes eram chamadas de sacerdotes, magos, feiticeiros, pajés, santos, profetas, oráculos, pitonisas, etc., o que não impedia, no entanto, que a capacidade de comunicação espiritual estivesse presente, ainda que só potencialmente, em todas as pessoas.
Kardec teve, sem dúvida, o grande mérito de ter sido, provavelmente, um dos primeiros a sistematizar o estudo desses fenômenos e das pessoas com quem eles ocorriam, coletando, organizando, classificando e, principalmente, popularizando informações que estavam dispersas pelos mais variados pontos do mundo e da história e em poder de alguns poucos privilegiados, mas não criou os fenômenos. Assim, embora o termo médium seja relativamente recente e, talvez, o mais popular para pessoas com esse tipo de capacidade, o fenômeno, em si, é tão antigo quanto a própria humanidade, independente de região, época, cultura e religião, e sempre foi vivenciado de forma muito natural.
É por esta razão que mediunidade não pode e nem deve ser encarada como algo religioso, nem como propriedade de qualquer religião, e muito menos como patologia, mas apenas como uma das manifestações transcendentes da consciência, com aspectos que envolvem não só a dimensão espiritual do homem, mas também a sua dimensão física e psicológica, devendo ser estudada e trabalhada em conjunto com a Psicologia e a Medicina. Hoje, já existem pesquisas nesses campos que apontam o caráter orgânico da mediunidade e dos fenômenos psicoespirituais, obrigando-nos a uma revisão dos conceitos estabelecidos, bem como de todos os procedimentos e modos de se tratar esses fenômenos.
Além disso, é preciso observar que muitos fenômenos considerados mediúnicos ou resultantes da influência de espíritos, são, na verdade, fenômenos da consciência, do próprio ser encarnado, cuja dinâmica e sensibilidade levam a entrar em contato direto com aspectos ainda não completamente conhecidos ou compreendidos de sua própria condição humana ou de seu próprio inconsciente. Por isso, antes de trabalhar a mediunidade ou a paranormalidade, é preciso trabalhar o suposto médium, o suposto paranormal, ajudando-o a se equilibrar e entender melhor o que acontece com ele e por quê.
Os chamados fenômenos espirituais não podem, portanto, continuar a ser tratados como artigo religioso ou subproduto da religião, nem ser simplesmente classificados como patológicos, uma vez que são fenômenos naturais, inerentes à condição humana. É preciso, assim, uma nova visão sobre a essa capacidade natural que nos coloca frente a frente com a nossa verdadeira essência, proporcionando-nos autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e espiritual.
Maísa Intelisano
Revista Cristã de Espiritismo. 


ESTRAIDO  DO  ESPIRITBOOK

OS HOMENS DEVIAM SER O QUE PARECE







De há muito, eu tenho evitado ler alguns artigos, mensagens de determinados religiosos, pois elas são tão eivadas de falsa santidade, que realmente eu me pergunto como são capazes de escrever, reproduzir dissimulações com tamanha desfaçatez que extrapolam os limites da sanidade mental. Geralmente, são pregações sobre sentimentos, emoções que nos fazem sentir no começo da evolução humana, em face de tanta magnanimidade de que se revestem, mas tudo com muita “humildade”, que até ao próprio Jesus ruborizaria.
Caberia, perfeitamente, um pensamento do escritor William Shakespeare: “Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são.”, pois induzem muitos a achar que são pessoas tão especiais, que a humanidade que habita neles não existe. Interpretam papéis como se estivessem em uma grande ópera bufa. O pior, no entanto, é que muitos acreditam e os acham o máximo, outros se deprimem porque se sentem tão “distantes espiritualmente” desses seres, que não empreendem nenhuma renovação, como proposta espírita. Para quê? Nunca chegarão nem perto do que fulano(a) é.
Li um material recente que nos fala de um problema do qual muitas pessoas sofrem: uma total ausência de compaixão ou dissimulação de que a tem, ausência de culpa pelo que fazem, não guardam receio de serem pegos, pois se sentem muito inteligentes e com grande habilidade para manipular quem está em volta. O artigo nos remete a chamar essas pessoas de monstros, gênios malignos ou coisa que o valha, quando nos damos conta. Mas, para a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas têm uma doença, ou melhor, deficiência. O nome mais conhecido é psicopatia, mas também se usam os termos sociopatia e transtorno de personalidade antissocial. O mesmo artigo nos sugere que não nos enganemos, pois eles não são, necessariamente, assassinos, pervertidos, pois podem estar em locais em que trabalhamos, ganhando uma promoção atrás da outra, enquanto puxam o tapete de colegas. Também dá para encontrá-los entre políticos que desviam dinheiro de merenda para suas contas bancárias, entre médicos que deixam pacientes morrer por descaso, entre “amigos”, entre líderes religiosos, que guardam em sua alma, escondido, o preceito do “faça o que eu digo, mas não façam o que eu faço”.
Em nosso meio, veremos médiuns fingindo o que aprenderam, passando como se fossem espíritos; afirmando ver, ouvir o que têm certeza que nada registraram. Conheço alguns, mas se travestem de um ar de evolução que pensam enganar a todos.
Aprendamos a reconhecer nossas limitações e trabalhemos para sermos pessoas melhores, para nós mesmos, não para a cena do mundo. Pois é, com a palavra o sábio Carlos Murion: “Sigamos sendo imperfeitos e lutemos contra o que somos, pelo menos viveremos a verdade de nossas buscas, fazendo-nos sempre almas livres do peso de exibir a fantasia que precisa ser desmontada todo fim do dia”.
José Medrado


Jornal A Tarde (2012)
Fonte: A Vida em Dois Planos

ESTRAIDO  DO  ESPIRITBOOK

APÓS O DESENCARNE A REENCARNAÇÃO









Irmãos, continuemos hoje em nosso comentário acerca do bom ânimo. Não me creiam separado de vocês por virtudes que não possuo. A palavra fácil e bem-posta é, muita vez, dever espinhoso em nossa boca, constrangendo-nos à reflexão e à disciplina. Também sou aqui um companheiro à espera da volta. A prisão redentora da carne acena-nos ao regresso. É que o propósito da vida trabalha em nós e conosco, através de todos os meios, para guiar-nos à perfeição. Cerceando-lhe os impulsos, agimos em sentido contrário à Lei, criando aflição e sofrimento em nós mesmos.

No plano físico, muitos de nós supúnhamos que a morte seria ponto final aos nossos problemas, enquanto outros muitos se acreditavam privilegiados da Infinita Bondade, por haverem abraçado atitudes de superfície, nos templos religiosos. A viagem ao sepulcro, no entanto, ensinou-nos uma lição grande e nova – a de que nos achamos indissoluvelmente ligados às nossas próprias obras. Nossos atos tecem asas de libertação ou algemas de cativeiro, para a nossa vitória ou nossa perda. A ninguém devemos o destino senão a nós próprios. Entretanto, se é verdade que nos vemos hoje sob as ruínas de nossas realizações deploráveis, não estamos sem esperança. Se a sabedoria de nosso Pai Celeste não prescinde da justiça para evidenciar-se, essa mesma justiça não se revela sem amor. Se somos vítimas de nós mesmos, somos igualmente beneficiários da Tolerância Divina, que nos descerra os santuários da vida para que saibamos expiar e solver, restaurar e ressarcir.

Na retaguarda, aniquilávamos o tempo, instilando nos outros sentimentos e pensamentos que não desejávamos para nós, quando não estabelecíamos pela crueldade e pelo orgulho vasta sementeira de ódio e perseguição. Com semelhantes atitudes, porém, levantamos em nosso prejuízo a desarmonia e o sofrimento, que nos sitiam a existência, quais inexoráveis fantasmas. O pretérito fala em nós com gritos de credor exigente, amontoando sobre as nossas cabeças os frutos amargos da plantação que fizemos… Daí, os desajustes e enfermidades que nos assaltam a mente, desarticulando-nos os veículos de manifestação. Admitíamos que a transição do sepulcro fosse lavagem miraculosa, liberando-nos o Espírito, mas ressuscitamos no corpo sutil de agora com os males que alimentamos em nosso ser. Nossas ligações com a retaguarda, por essa razão, continuam vivas. Laços de afetividade mal dirigida e cadeias de aversão aprisionam-nos, ainda, a companheiros encarnados e desencarnados, muitos deles em desequilíbrios mais graves e constringentes que os nossos.

Nutrindo propósitos de regeneração e melhoria, somos hoje criaturas despertando entre o Inferno e a Terra, que se afinam tão estranhadamente um com o outro, como nós e nossos feitos. Achamo-nos imbuídos do sonho de renovação e paz, aspirando à imersão na Vida Superior, entretanto, quem poderia adquirir respeitabilidade sem quitar-se com a Lei? Ninguém avança para frente sem pagar as dívidas que contraiu. Como trilhar o caminho dos anjos de pés amarrados ao carreiro dos homens, que nos acusam as faltas, compelindo-nos a memória ao mergulho nas sombras?

Em derredor do nosso pouso de trabalho e esperança, alongam-se flagelos infernais… Quantas almas petrificadas na rebelião e na indisciplina aí se desmandam no aviltamento de si mesmas? O céu representa uma conquista sem ser uma imposição. A Lei Divina, alicerçada na justiça indefectível, funciona com igualdade para todos. Por esse motivo, nossa consciência reflete a treva ou a luz de nossas criações individuais. A luz, aclarando-nos a visão, descortina-nos a estrada. A treva, enceguecendo-nos agrilhoa-nos ao cárcere de nossos erros. O espírito em harmonia com os Desígnios Superiores descortina o horizonte próximo e caminha corajoso e sereno, para diante, a fim de superá-lo; no entanto, aquele que abusa da vontade e da razão, quebrando a corrente das bênçãos divinas, modela a sombra em torno de si mesmo, insulando-se em pesadelos aflitivos, incapaz de seguir à frente. Definindo, assim, a posição que nos é peculiar, somos almas entre a luz das aspirações sublimes e o nevoeiro dos débitos escabrosos, para quem a reencarnação, como recomeço de aprendizado, é concessão da Bondade Excelsa que nos cabe aproveitar, no resgate imprescindível.

Em verdade, por muito tempo ainda sofreremos os efeitos das ligações com os nossos cúmplices e associados de intemperança e desregramento, mas, dispondo de novas oportunidades de trabalho no campo físico, é possível refazer o destino, solvendo escuros compromissos, e, sobretudo, promovendo novas sementeiras de afeição e dignidade, esclarecimento e ascensão. Sujeitando-nos às disposições das leis que prevalecem na esfera carnal, teremos a felicidade de reencontrar velhos inimigos, sob o véu de temporário esquecimento, facilitando-se-nos, assim, a reaproximação preciosa. Dependerá, desse modo, de nós mesmos, convertê-los em amigos e companheiros, de vez que, padecendo-lhes a incompreensão e a antipatia, com humildade e amor, sublimaremos nossos sentimentos e pensamentos, plasmando novos valores de vida eterna em nossas almas.

Somos espíritos endividados, com a obrigação de dar de tudo, em favor da nossa renovação. Comecemos a articular idéias redentoras e edificantes, desde agora, favorecendo a reconstrução do nosso futuro. Dispondo-nos a desculpar os que nos ofenderam, com o sincero propósito de rogar perdão às nossas vítimas. Cultivando a oração com serviço ao próximo, reconheçamos na dificuldade o gênio bom que nos auxilia, a desafiar-nos ao maior esforço. Reunindo todas as possibilidades ao nosso alcance, espalhemos, nas províncias de treva e dor que nos rodeiam, o socorro da prece e o concurso do braço fraternal, preparando o regresso ao campo de luta – o plano carnal - em que o Senhor, pela bênção de um corpo novo nos ajudará a esquecer o mal e replantar o bem. Para nós, herdeiros de longo passado culposo, a esfera das formas físicas simboliza a porta de sada do inferno que criamos. Superando nossas qualidades de espírito, a fim de que, em nos elevando, possamos estender mãos amigas aos que jazem na lama do infortúnio.

Nós que temos errado nas sombras, atormentados viajores do sofrimento, nós que conhecemos o deserto de gelo e do suplício do fogo na alma opressa, poderíamos, acaso, encontrar maior felicidade que a de subir alguns degraus no Céu, para descer com segurança, aos infernos, de modo a salvar aqueles que mais amamos, perdidos hoje quais nos achávamos ontem, nas furnas da miséria e da morte? Supliquemos ao Senhor nos conceda forças para a vitória – vitória que nascerá em nós para a grande compreensão. Somente assim, ao preço de sacrifício no reajuste, conseguiremos o passaporte libertador!

Ação e Reação, Cap. 2, André Luiz – Chico Xavier
Fonte: G E.Casa do Caminho de S.Vicente




EXTRAIDO DO   ESPIRITBOOK