quinta-feira, 29 de maio de 2014

SABER E FAZER






Em matéria de educação a nós mesmos, existe, comumente, um adversativo, em nossas melhores definições.
Via de regra, afirmamos, a cada trecho de nossa marcha espiritual:
sei que a morte é apenas mudança e devo corrigir-me para a Vida Maior; entretanto, estou sob o cativeiro de inúmeras imperfeições, à maneira de árvore asfixiada pela erva-de-passarinho, e não consigo renovar-me;
sei que é necessário praticar o bem para que o mal não me ensombre as horas; todavia, por mais que me esforce, não chego a vencer a preguiça que me entorpece;
sei que é urgente estudar, melhorando conhecimentos, a fim de entender os desafios do mundo e solucioná-los com segurança; contudo, não tenho tempo;
sei que é minha obrigação abraçar as boas obras, que as circunstâncias me indicam, em proveito de minha felicidade, mas receio entrar em choque com as alheias opiniões.
Sei que é preciso... - é a nossa frase trivial, diante do serviço que nos compete; no entanto, habitualmente falha o motor da vontade, no momento da ação.
Quase sempre, perdemos tempo precioso, empenhando-nos em saber o que ainda estamos muito longe de aprender, numa atitude, aliás, muito compreensível, porquanto, desejando saber dignamente, a curiosidade respeitável alenta o progresso; mas, se fizéssemos o melhor do que já conhecemos, transferindo ideais e planos superiores das linhas teóricas para o terreno da realização e da prática, desde muito estaríamos guindados à posição de numes apostolares das doutrinas redentoras que apregoamos, adiantando o relógio da evolução terrestre.
Como é fácil de anotar, nós todos, coletivamente examinados, criamos muitas dificuldades na Terra, pela ânsia de fazer sem saber, mas agravamos, consideravelmente, essas mesmas dificuldades, pelo atraso de saber e não fazer

Saber e Fazer - Chico Xavier/Emmanuel

FONTE -  ESPIRITBOOK

O POETA DA ALMA






O próximo livro digital das Edições Textos para Reflexão será uma tradução da obra com a qual Rabindranath Tagore, poeta nascido em Bengala, se tornou o primeiro vencedor não europeu do Prêmio Nobel de Literatura, em 1913.
Nesta tradução direta do original em inglês de Gitanjali("oferenda de canções" ou "oferenda lírica"), ainda contaremos com uma introdução luxuosa de outro grande poeta vencedor do Nobel, o irlandês William Buttler Yeats, cuja poesia foi diretamente influenciada por Tagore.
Abaixo, segue um trecho do livro que compõe o Prefácio juntamente com a introdução de Yeats:
***
O Grande Mestre
Tagore foi um poeta da alma, um grande místico
Assim Mahatma Gandhi o chamava. Aliás, quem deu a alcunha de Mahatma (“Grande Alma”) a Gandhi foi o próprio Tagore.

Não somente o Prêmio Nobel de Literatura de 1913, mas o primeiro não europeu a merecer tal homenagem.

E, até hoje, quando ouvimos aos hinos da Índia ou de Bangladesh, ouvimos a composições suas.

Mas Tagore foi muito mais do que um compositor de hinos, um Prêmio Nobel, ou mesmo um “grande mestre”.Tagore foi um poeta da alma, um grande místico, e talvez isto por si só, ou somente isto, possa explicar a qualidade inefável e atemporal de seus poemas, contos, textos e músicas.
Rabindranath Tagore nasceu em 1861, em Calcultá, na época capital da Índia inglesa e coração da Bengala renascente. Nessa metrópole particularmente ativa, três gerações dos Tagore participaram, no decorrer do século XIX, na criação e no desenvolvimento de importantes movimentos culturais e religiosos.

Na residência de sua família desfilavam as personalidades mais marcantes da época, tanto no domínio das artes e das letras como no da política, da espiritualidade ou da filosofia. Foi nessa atmosfera que Tagore compôs seus primeiros versos, ainda com 10 anos de idade. Logo que atingiu a adolescência, começou a publicar seus textos em um periódico literário e, durante os sessenta anos seguintes, produziu uma obra imensa: poemas, cantos, óperas, romances, peças de teatro, novelas e numerosos volumes de ensaios que falavam sobre praticamente todos os domínios da vida.

Além disso, Tagore tomou parte, diretamente ou através de seus escritos, nas grandes manifestações de protesto que, a partir do fim do século XIX, balizaram a longa luta da Índia por libertação do domínio britânico. Entretanto, o próprio Tagore morou e estudou Direito nas Ilhas Britânicas, e sempre manteve amigos por lá – em sua maioria, intelectuais.

Já no ocaso da vida, ao decorrer de inúmeras viagens ao redor do mundo, se lançou numa longa cruzada pela união entre os povos, precisamente num período em que tanto a Europa quanto a Ásia viam nascer poderosos partidos nacionalistas.

Mas, apesar de desgostoso com o caminhar da política mundial, Tagore era um educador em sua alma, e sentia enorme alegria em poder ensinar. Tanto que fundou uma escola, em Santiniketan (“a morada da paz”), cerca de cem quilômetros ao norte de Calcutá, e nela criou o seu santuário. Lá viveu até o fim de seus dias cercado da família, de amigos e discípulos – ensinando a todos.

Seu sistema de educação, revolucionário para a época, era a antítese dos sistemas oficializados com suas “cartilhas”. Em Santiniketan, a criança devia ser reconhecida como um indivíduo com plenos direitos. A meta era ajudá-la a se desenvolver, da melhor forma possível, segundo seus desejos, vocações e gostos pessoais.

No santuário de Tagore a vida era organizada de tal forma que sua sensibilidade e sua imaginação podiam ser constantemente alimentadas por um contato permanente com a natureza, e por um livre acesso a todas as formas de arte ou de expressão de si mesmo. Na realidade, os que para lá se dirigiam não buscavam somente desenvolver suas faculdades mentais, mas abrir suas almas para uma espiritualidade viva e livre de dogmas.
Tagore conservou até o seu último dia a fé no homem espiritual, no homem do amanhã. Ele foi um daqueles poucos, pouquíssimos, que não se contentou em simplesmente esperar pelo Céu – tratou de tentar erguê-lo aqui mesmo, neste mundo...
Onde a mente encontra-se sem medo e a cabeça é mantida erguida
Onde o conhecimento é livre
Onde o mundo não foi quebrado em fragmentos
Por estreitos muros domésticos
Onde as palavras vêm da verdade profunda
Onde laboriosas lutas esticam seus braços em direção à perfeição
Onde o riacho límpido da razão não perdeu seu rumo
Afluindo ao triste deserto dos hábitos moribundos
Onde a mente é direcionada adiante por você
A pensamentos e ações sempre em constante afloramento
Nesse céu de liberdade, Pai, deixe meu país acordar
Céu de liberdade, poema #35 do Gitanjali
***

O livro será traduzido do inglês por Rafael Arrais

FONTE -  ESPIRTBOOK


O CORPO É UM REFLEXO DA MENTE

     


Podemos então concluir que, diante de tudo quanto já abordamos, é compreensível dizer que a quebra da harmonia cerebral, em conseqüência de compulsoriamente se arredarem das aglutinações celulares do campo fisiológico os princípios do corpo espiritual, essas aglutinações ficam, então, desordenadas em sua estrutura e atividades normais, podendo surgir tumores e hemorragias conseqüentes de fenômenos mórbidos assediando a mente, porque o cérebro é o instrumento que traduz essa mente, manancial de nossos pensamentos, e é por isso que a dor do remorso não permite fácil acesso à esfera superior do organismo perispírito, onde se erguem as manifestações da consciência divina. O cérebro real é aparelho dos mais complexos, em que nosso “eu” reflete a vida.
Examinando o organismo que modela as manifestações do campo físico, reconheceremos que a célula nervosa é entidade de natureza elétrica que, diariamente, se nutre de combustível adequado. Há neurônios sensitivos, motores, intermediários e reflexos.
Existem os que recebem as sensações exteriores e os que recolhem as impressões da consciência. Em todo o cosmo celular agitam-se interruptores e condutores, elementos de emissão e de recepção. A mente é a orientadora desse universo microscópico, em que bilhões de corpúsculos e energias multiformes se consagram a seu serviço. Dela emanam as correntes da vontade, determinando vasta rede de estímulos, reagindo ante as exigências da paisagem externa, ou atendendo às sugestões das zonas interiores.
Colocada entre objetivo e subjetivo, é obrigada, pela lei divina, a aprender, verificar, escolher, repelir, aceitar, recolher, guardar, enriquecer-se, iluminar-se, progredir sempre.
Ainda que permaneça aparentemente estacionária, a mente prossegue seu caminho, sem recuos, sob atuação das forças visíveis ou invisíveis.
Lembremos que toda a energia gerada tem que se manter de forma bem equilibrada, porque tanto o bloqueio do fluxo de energia quanto o excesso desse fluxo podem produzir desequilíbrios  e, conseqüentemente, uma doença física.
Hoje, ainda não encontramos na medicina tradicional os recursos necessários para esse entendimento, mas felizmente, surgem na atualidade novas opções terapêuticas, tanto no campo da psicologia como na chamada medicina alternativa, com estudos que comprovam a cura de determinadas patologias através dessas novas abordagens, como é o caso das técnicas de regressão de memória.
Assim sendo, observemos a necessidade de nos reunir cada vez mais para estudar sob esta nova visão, pois somente quando os homens da ciência se permitirem, com mais flexibilidade, atravessar a porta do entendimento do amor, como homens comuns e de fé, é que conseguiremos chegar mais rapidamente à solução de enfermidades que até os dias atuais a ciência não consegue equacionar.
Trabalhando as energias de forma positiva
Por Wagner Borges Leia mais no site www.ippb.org.br
Antes de mais nada, eleve o pensamento ao Alto e abra o coração na sintonia da fraternidade. Pense no bem de todos os seres. Imagine que o seu corpo é todo feito de água. No alto da sua cabeça, no chacra coronário, pingam gotas luminosas vindas do Alto.
Quando essas gotas tocam o seu “corpo d’água”, elas reverberam nele como quando jogamos pedrinhas em um lago de águas calmas. E essas reverberações luminosas vão se expandindo suavemente para além da extensão de seu corpo e alcançando seus familiares, as pessoas de suas relações e expandindo-se para toda a humanidade. Essas reverberações seguem carregadas de puro sentimento e vão melhorando as pessoas que são tocadas por elas.
Visualização criativa
Posição física: deitado em decúbito dorsal, com as mãos relaxadas e voltadas para cima.
Perspectiva psíquica: consciência aberta, coração generoso e vontade de ser pacífico e feliz.
Objetivo: simplesmente soltar-se no fluxo natural das energias e afrouxar a tensão psicofísica.
Resultado: inspiração, alegria interna, relaxamento, aumento da criatividade e descanso mental.
1. Leve a atenção pacificamente para a planta do pé esquerdo e visualize ali o surgimento de uma rosa amarela em botão. Suavemente, vá desabrochando até abri-la completamente.
2. Faça a mesma coisa na planta do pé direito.
3. Permaneça carinhosamente prestando atenção nessas duas rosas abertas nas plantas dos pés por cerca de 1 minuto.
4. Leve a atenção para as palmas das mãos e também visualize nelas a abertura de duas rosas amarelas. Fique assim por 1 minuto.
5. A seguir, visualize mais duas rosas amarelas desabrochando, dessa feita, nos dois ouvidos. Fique assim por 1 minuto.
6. Leve a atenção para o chacra coronário (situado no meio do alto da cabeça) e visualize surgindo de dentro dele apenas uma imensa flor amarela. Ela desabrocha no alto da cabeça, mas o seu talo está baseado na glândula pineal (epífise), situada no interior da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Fique assim por cerca de 2 minutos.
7. Finalmente, leve a atenção para o centro do peito (chacra cardíaco) e também faça surgir ali uma imensa rosa amarela.
Enquanto ela desabrocha, pense ternamente em amor, luz, alegria e paz para todos os seres de todas as dimensões. Fique assim por vários minutos.
8. Sinta-se bem e agradeça silenciosamente aquele Amor Onipresente que permeia a tudo e a todos.
9. Por favor, e por amor, faça isso com simplicidade, lucidez e alegria. Não deixe seu ego capturar seu bom humor no alçapão da ansiedade. Trabalhe com serenidade e exonere carinhosamente suas angústias internas.
Viver aqui na Terra não é fácil. Mas, é possível entrarmos na sintonia da harmonia íntima usando as flores de nossos pensamentos criativos a favor da paz, de nós e de todos! Faça essa prática simples todos os dias. Seja feliz, pois, apesar dos problemas diários, viver ainda é uma maravilha. Precisamos seguir e sorrir...
Dentro ou fora do corpo, somos imortais! Isso é motivo de uma grande alegria.
Alguém pode assassinar ou atropelar nosso corpo, mas continuaremos vivos, em frente, sempre... Que essa simples prática possa ser em você a síntese de PAZ e LUZ em todos os seus pensamentos, sentimentos e energias.
Sem mais palavras:
AMOR, AMOR, AMOR...

Esta prática pode ser feita sentado, desde que as plantas dos pés não estejam aderidas ao chão e as mãos estejam com as palmas livres.

Fonte: tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br


ESPIRITBOOK

O9 CÉU ESTRELADO - LEON DINZ








Um livro grandioso está aberto aos nossos olhos, e todo observador paciente pode ler nele a palavra do enigma, o segredo da vida eterna.

Aí se vê que uma Vontade dispôs a ordem majestosa em que se agitam todos os destinos, se movem todas as existências, palpitam todos os corações.

Ó alma! Aprende primeiro a suprema lição que desce dos espaços sobre as frontes apreensivas.  O Sol está escondido no horizonte;  seus alvores de púrpura tingem ainda o céu;  luz serena indica que, além, um astro se velou aos nossos olhos.  A noite estende acima de nossas cabeças seu zimbório constelado de estrelas.

Nosso pensamento se recolhe e procura o segredo das coisas. Voltemo-nos para o Oriente.  A Via-Láctea expande, qual imensa fita, suas miríades de estrelas, tão aconchegadas, tão longínquas, que parece formar uma contínua massa.  Por toda parte, à medida que a noite se torna mais densa, outras estrelas aparecem, outros planetas se acendem qual se fossem lâmpadas suspensas no santuário divino.  Através das profundezas insondáveis, esses mundos permutam os seus raios de prata; impressionam-nos, à distância, e nos falam uma linguagem muda.

Eles não brilham todos com o mesmo fulgor;  a potente Sírius não se pode comparar à longínqua Capela.  Suas vibrações gastaram séculos a chegar até o nosso olhar, e cada um de seus raios vale por um cântico, uma verdadeira melodia de luz, uma voz penetrante.  Esses cânticos se resumem assim:  “Nós também somos focos de vida, de sofrimento, de evolução. Almas, aos milhares, cumprem, em nós, destinos semelhantes aos vossos”.

Entretanto, todos não têm a mesma linguagem, porque uns são moradas de paz e de felicidade, e outros, mundos de lutas, de expiação, de reparação pela dor.  Uns parecem dizer: Eu te conheci, Alma humana, Alma terrestre; eu te conheci e hei de te tornar a ver!  Eu te abriguei em meu seio outrora, e tu voltarás a mim.  Eu te espero, para, por tua vez, guiares os seres que se agitam em minha superfície!

E depois, mais longe ainda, essa estrela que parece perdida no fundo dos abismos do céu e cuja luz trêmula é apenas perceptível, essa estrela nos dirá:  Eu sei que tu passarás pelas terras que formam meu cortejo, e que eu inundo com os meus raios;  eu sei que tu aí sofrerás e te tornarás melhor. Apressa a tua ascensão.  Eu serei e sou já para contigo uma verdadeira amiga, porque até mim chegou o teu apelo, tua interrogação, tua prece a Deus.

Assim, todas as estrelas nos cantam seu poema de vida e amor, todas nos fazem ouvir uma evocação poderosa do passado ou do futuro.  Elas são as “moradas” de nosso Pai, os estádios, os marcos soberbos das estrelas do Infinito, e nós aí passaremos, aí viveremos todos para entrar um dia na luz eterna e divina.

Espaços e mundos!  Que maravilhas nos reservais?  Imensidades sidéreas, profundezas sem limites, dais a impressão da majestade divina.  Em vós, por toda parte e sempre, está a harmonia, o esplendor, a beleza!  Diante de vós, todos os orgulhos caem, todas as vanglórias se desvanecem.  Aqui, percorrendo suas órbitas imensas, estão astros de fogo perto dos quais o nosso Sol não é mais que simples facho.  Cada um deles arrasta em seu séqüito um imponente cortejo de esferas que são outros tantos teatros da evolução.  Ali, e assim na Terra, seres sensíveis vivem, amam, choram. Suas provações e suas lutas comuns criam entre si  laços de afeto que crescerão pouco a pouco.  E é assim que as Almas começam a sentir os primeiros eflúvios desse amor que Deus quer dar a conhecer a todos.  Mais longe, no insondável abismo, movem-se mundos maravilhosos, habitados por Almas puras, que conheceram o sofrimento, o sacrifício, e chegaram aos cimos da perfeição;  Almas que contemplam Deus em sua glória, e vão, sem jamais cansar, de astro em astro, de sistema em sistema, levar os apelos divinos.

Todas essas estrelas parecem sorrir, qual se fossem amigas esquecidas. Seus mistérios nos atraem.  Sentimos que são a herança que Deus nos reserva.  Mais tarde, nos séculos futuros, conheceremos essas maravilhas que nosso pensamento apenas toca.  Percorreremos esse Infinito que a palavra não pode descrever em uma linguagem limitada. 

Há, sem dúvida, nessa ascensão, degraus que não podemos contar, tão numerosos são;  mas nossos guias nos ajudarão a subi-los, ensinando-nos a soletrar as letras de ouro e de fogo, a divina linguagem da luz e do amor. Então o tempo não terá mais medida para nós.  As distâncias não mais existirão.  Não pensaremos mais nos caminhos obscuros, tortuosos, escarpados, que seguimos no passado, e aspiraremos às alegrias serenas dos seres que nos tiverem precedido e que traçam, por meio de jorros de luz,  nosso caminho sem fim.  Os mundos em que houvermos vivido terão passado;  não serão mais que poeira e detritos;  mas nós guardaremos a deliciosa impressão das venturas colhidas em suas superfícies, das efusões do coração que começaram a unir-nos a outras almas irmãs.

Conservarmos a muito cara e dolorosa lembrança dos males partilhados, e não seremos mais separados daqueles que tivermos amado, porque os laços são entre as Almas os mesmos que entre as estrelas.  Através dos séculos e dos lugares celestes, subiremos juntos para Deus, o grande foco de amor que atrai todas as criaturas!


FONTE -  ESPIRITBOOK

NOTÍCIAS PARA O AQUÁRIO TERRESTRE





Até a década de 1940 a obra de Allan Kardec era praticamente desconhecida

no Brasil e no mundo. Eram textos de circulação restrita, quase proibida,

semelhantes aos dos antigos autores dos círculos esotéricos. Essa situação

mudaria radicalmente quando vieram à público os livros de Emmanuel, André

Luiz e alguns outros Espíritos, por meio da mediunidade de Chico Xavier
.
 Essas obras despertaram nas massas a curiosidade sobre os princípios que

norteavam aquelas “revelações”, que na verdade eram ilustrações das teorias
 do Codificador do Espiritismo. Nenhuma corrente religiosa e de pensamento

, sobretudo as de origens judaico-cristã, puderam ignorar os conteúdos ali

tratados com tanta clareza desde a publicação de O Livro dos Espíritos, em

1857. Até mesmo a ortodoxia espírita, acostumada à abstração dos textos de

Kardec ficou chocada com o que leu e viu nessas narrativas da História, do

cotidiano das relações entre mortos e vivos e também daquilo que para nós

seria o futuro da Terra descrito nas comunidades espirituais. O impacto foi tão

grande que até hoje, inúmeros leitores, incluindo alguns espíritas ainda

influenciados pelo ceticismo, se mostram desnorteados com a articulações de

informações ali projetadas pelas linhas da psicografia. De todas as reações que

surgiram diante dessa obra magnífica, as que mais se mostram intolerantes

foram aquelas comunicadas até hoje por alguns confrades de doutrina,

inconformados com a enorme repercussão dessa nova literatura. Diante desse

descaso incompreensível dos pares, os autores simplesmente deram as

costas; e para os demais, que não eram espíritas, Emmanuel apenas resumiu

dizendo que realmente é muito difícil trazer notícias sobre o Oceano para quem

 ainda vive nos limites de um aquário.


Domingo 12 de janeiro de 2014

Fonte: Observador Espírita

NÃO TE INTIMIDES







Se à tua frente a vida coloca quadros dantescos, não vires as costas apavorado nem fujas. 
Encara-os de frente e corajosamente e verás que cada linha desses quadros traz uma 
mensagem que te servirá de guia na estrada, se o souberes decifrar.

Nada na vida tem o propósito de intimidar. Tudo que surge é para ser encarado e analisado. 
Nada te deve escandalizar, nem te parecer ridículo. Tudo que surge é sério, mesmo o que
 apresente aspecto cômico ou grotesco. Se souberes descobrir no desencontro das linhas
 confusas os pontos em que elas se ligam; se acompanhares os pontos chaves, descobrirás o
 desenho certo que te parece sem sentido e a nada conduzir.

Todas as situações merecem nossa atenção e interesse; tudo encerra lições proveitosas na 
sabedoria do destino.

Só às crianças oferecemos livros de leitura fácil, ilustrados com figuras facilmente 
reconhecíveis e agradáveis com desenhos que lhes esclareçam o sentido. Ao adulto 
oferecemos algo mais substancial para que sua mente analise e compreenda a natureza dos
 conceitos enunciados. A interpretação varia de acordo com o grau de evolução de cada um.

Não desistas nunca de perseguir teu ideal e não te intimides ante supostos fracassos, pois 
estes encerram a chave oculta do conhecimento que reclamam tua atenção
.
Atravessa teus momentos difíceis com o desejo de prosseguir resoluto, cultivando a 
silenciosa coragem ante as experiências amargas. Assim conhecerás o triunfo
.
Não te intimides, amigo, ante o que quer que seja que a vida coloque à tua frente. Prossegue
 e muitos aprenderão sobre tuas pegadas. Farás luz nas sombras daqueles que desistem ao
 primeiro embate.

Não te intimides nunca, haja o que houver.



 Cenyra Pinto

FONTEM-  ESPIRITBOOK


quarta-feira, 14 de maio de 2014

PROVAS VOLUNTÁRIAS










Estamos nos aproximando da Semana Santa. Uma das coisas que sempre me intrigou foi o sacrifício físico em oferta espiritual, como se isso equivalesse a um sacrifício espiritual. Uma das passagens do Evangelho Segundo o Espiritismo oferta um riquíssimo material para reflexão sobre o assunto, que de tão bem abordado, dispensa explicação. É um texto delicioso, que deve ser lido sem pressa, com a alma aberta, vejamos:

“Perguntais se é permitido abrandar as vossas provas; essa questão leva a esta: é permitido àquele que se afoga procurar se salvar? Àquele que tem um espinho cravado, de o retirar? Àquele que está doente, de chamar um médico? As provas têm por objetivo exercitar a inteligência, assim como a paciência e a resignação; um homem pode nascer numa posição penosa e difícil, precisamente para obrigá-lo a procurar os meios de vencer as dificuldades. O mérito consiste em suportar sem lamentação as conseqüências dos males que não se podem evitar, em perseverar na luta, em não se desesperar se não for bem sucedido, mas não num desleixo que seria preguiça mais que virtude.
Essa questão conduz naturalmente a uma outra. Uma vez que Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos”, há mérito em procurar as aflições, agravando as próprias provas por sofrimentos voluntários? A isso responderei muito claramente: sim, há um grande mérito quando os sofrimentos e as privações têm por objetivo o bem do próximo, porque é a caridade pelo sacrifício; não, quando não têm por objetivo senão a si mesmo, porque resulta do egoísmo por fanatismo.
Há aqui uma grande distinção a fazer; para vós, pessoalmente, contentai-vos com as provas que Deus vos envia, e não aumenteis sua carga, às vezes, tão pesada; aceitá-las sem lamentações e com fé, é tudo o que ele vos pede. Não enfraqueçais vosso corpo com privações inúteis e mortificações sem objetivo, porque tendes necessidade de todas as vossas forças para cumprir a vossa missão de trabalho na Terra. Torturar voluntariamente e martirizar vosso corpo é contravenção à lei de Deus, que vos dá o meio de sustentá-lo e fortificá-lo; enfraquecê-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usai, mas não abuseis: tal é a lei; o abuso das melhores coisas traz sua punição nas conseqüências inevitáveis.
Outra coisa é o sofrimento que se impõe para alívio do próximo. Se suportais o frio e a fome para aquecer e alimentar aquele que disso tem necessidade, e se o vosso corpo com isso sofre, eis o sacrifício que é abençoado por Deus. Vós que deixais vossos aposentos perfumados para ir à mansarda infecta levar consolação; vós que manchais vossas mãos delicadas cuidando de chagas; vós que vos privais do sono para velar à cabeceira de um doente que não é senão vosso irmão em Deus; vós, enfim, que usais vossa saúde na prática de boas obras, eis o vosso cilício, verdadeiro cilício de benção, porque as alegrias do mundo não secaram vosso coração; não adormecestes no seio das volúpias destruidoras da fortuna, mas vos fizestes anjos consoladores dos pobres deserdados.
Mas vós, que vos retirais do mundo para evitar suas seduções e viver no isolamento, qual a vossa utilidade na Terra? Onde está vossa coragem nas provas, uma vez que fugis da luta e desertais do combate? Se quereis um cilício, aplicai-o sobre vossa alma e não sobre vosso corpo; mortificai vosso espírito e não vossa carne; fustigai vosso orgulho; recebeis as humilhações sem vos lamentar; pisai vosso amor-próprio; resisti contra a dor da injúria e da calúnia, mais pungente que a dor corporal. Eis o verdadeiro cilício, cujas feridas vos serão contadas, porque elas atestarão vossa coragem e vossa submissão à vontade de Deus.”

(Um Anjo Guardião, Paris, 1863 – O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo V, item 26)
Estamos nos aproximando da Semana Santa. Uma das coisas que sempre me intrigou foi o sacrifício físico em oferta espiritual, como se isso equivalesse a um sacrifício espiritual. Uma das passagens do Evangelho Segundo o Espiritismo oferta um riquíssimo material para reflexão sobre o assunto, que de tão bem abordado, dispensa explicação. É um texto delicioso, que deve ser lido sem pressa, com a alma aberta, vejamos:

“Perguntais se é permitido abrandar as vossas provas; essa questão leva a esta: é permitido àquele que se afoga procurar se salvar? Àquele que tem um espinho cravado, de o retirar? Àquele que está doente, de chamar um médico? As provas têm por objetivo exercitar a inteligência, assim como a paciência e a resignação; um homem pode nascer numa posição penosa e difícil, precisamente para obrigá-lo a procurar os meios de vencer as dificuldades. O mérito consiste em suportar sem lamentação as conseqüências dos males que não se podem evitar, em perseverar na luta, em não se desesperar se não for bem sucedido, mas não num desleixo que seria preguiça mais que virtude.
Essa questão conduz naturalmente a uma outra. Uma vez que Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos”, há mérito em procurar as aflições, agravando as próprias provas por sofrimentos voluntários? A isso responderei muito claramente: sim, há um grande mérito quando os sofrimentos e as privações têm por objetivo o bem do próximo, porque é a caridade pelo sacrifício; não, quando não têm por objetivo senão a si mesmo, porque resulta do egoísmo por fanatismo.
Há aqui uma grande distinção a fazer; para vós, pessoalmente, contentai-vos com as provas que Deus vos envia, e não aumenteis sua carga, às vezes, tão pesada; aceitá-las sem lamentações e com fé, é tudo o que ele vos pede. Não enfraqueçais vosso corpo com privações inúteis e mortificações sem objetivo, porque tendes necessidade de todas as vossas forças para cumprir a vossa missão de trabalho na Terra. Torturar voluntariamente e martirizar vosso corpo é contravenção à lei de Deus, que vos dá o meio de sustentá-lo e fortificá-lo; enfraquecê-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usai, mas não abuseis: tal é a lei; o abuso das melhores coisas traz sua punição nas conseqüências inevitáveis.
Outra coisa é o sofrimento que se impõe para alívio do próximo. Se suportais o frio e a fome para aquecer e alimentar aquele que disso tem necessidade, e se o vosso corpo com isso sofre, eis o sacrifício que é abençoado por Deus. Vós que deixais vossos aposentos perfumados para ir à mansarda infecta levar consolação; vós que manchais vossas mãos delicadas cuidando de chagas; vós que vos privais do sono para velar à cabeceira de um doente que não é senão vosso irmão em Deus; vós, enfim, que usais vossa saúde na prática de boas obras, eis o vosso cilício, verdadeiro cilício de benção, porque as alegrias do mundo não secaram vosso coração; não adormecestes no seio das volúpias destruidoras da fortuna, mas vos fizestes anjos consoladores dos pobres deserdados.
Mas vós, que vos retirais do mundo para evitar suas seduções e viver no isolamento, qual a vossa utilidade na Terra? Onde está vossa coragem nas provas, uma vez que fugis da luta e desertais do combate? Se quereis um cilício, aplicai-o sobre vossa alma e não sobre vosso corpo; mortificai vosso espírito e não vossa carne; fustigai vosso orgulho; recebeis as humilhações sem vos lamentar; pisai vosso amor-próprio; resisti contra a dor da injúria e da calúnia, mais pungente que a dor corporal. Eis o verdadeiro cilício, cujas feridas vos serão contadas, porque elas atestarão vossa coragem e vossa submissão à vontade de Deus.”

(Um Anjo Guardião, Paris, 1863 – O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo V, item 26


  FONTE - ESPIRITBOOK