ilson Martins
São seis décadas, desta obra – 08 de julho de 1941, a qual (jamais
contestada), retrata uma das mais importantes fases do Cristianismo. A seu
turno, através do Espírito de Emmanuel e pela psicografia do médium Francisco
Cândido Xavier, constitui-se um dos maiores esteios da literatura Espírita. De
fato, perguntado ao médium que a mãos cheias nos legou vasta quantidade de
títulos, qual a obra que entendia ser de grande expressão, não titubeou em
afirmar com voz abafada pelos anos – Paulo e Estevão.
Em nossa maneira de pensar sobre a missão do apóstolo dos Gentios, até
de forma um tanto quanto ousada, nos questionamos – como seria o Cristianismo
sem a figura de Paulo? Nos dias em que atravessamos, outra indagação neste
mesmo sentido se nos ocorre – como será o Espiritismo sem Francisco
Cândido Xavier? Como pode ser observado, é um interessante questionamento
e objeto de boas, oportunas e necessárias reflexões. Assim sendo, passamos a
aprender nossas impressões a respeito. De seu lado, Paulo foi um “instrumento”
de suma importância da Divindade, com a tarefa de levar a proposta da Segunda
Revelação – O Cristianismo, a todos aqueles de seu alcance e sua época. Porém,
o que de princípio deve ser salientado, as suas origens – judaísmo. Neste
ponto, reside um dos grandes aspectos históricos de sua vida. Alguém que se
preparou e dedicou-se aos estudos das Leis Mosaicas, a fim de ser uma grande
expressão na religião judaica. Em Jerusalém, fazendo parte do clã que
freqüentava o Templo, já se destacava por seus conhecimentos, dedicação e
lucidez, o que lhe credenciava em curto prazo a se tornar um rabino. Todavia,
com o surgimento, propagação em torno da proposta cristã, Paulo (naquela fase
Saulo), torna-se um algoz e impiedoso perseguidor dos então líderes do Cristianismo,
levando Estevão ao apedrejamento. Como sabemos, até lhe ocorrer o episódio da
Estrada de Damasco, onde iniciava sua transformação em cristão.
Abraçando a proposta do Cristo, passa pelas mais profundas hostilidades,
humilhações e escárnio, daqueles que foram os seus pares e familiares.
Enfrenta-os a todos, não alterando suas convicções cristãs em nada. Inicia suas
peregrinações levando o Evangelho, expondo-se a muitos sacrifícios até com
risco de sua própria vida. Por longos anos o faz, estendendo seu raio de ação
em todos os setores. O nome de Jesus por intermédio de Paulo, era então
pronunciado com mais respeito. Muitas jornadas foram empreendidas pelo
Missionário do Cristianismo, até que o tempo impedira. Assim, lança mão das
Epístolas e através destas, mantinha viva sob a forma da escrita, a chama da
Boa Nova. É preso novamente, pede para ser julgado por César e segue para Roma.
Sua Condenação foi à prisão, onde produz a derradeira – epístola aos hebreus.
Pouco tempo depois é levado à Via Apia, onde é degolado.
Paulo foi um exemplo de transformação e a obra citada nos dá a dimensão
de como, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, os ensinamentos do
Cristianismo e das obras de Codificação, codificadas por Allan Kardec, assumem
a sua verdadeira proporção e se consolidará cada vez mais, nos aspectos da
moral, da justiça e da fraternidade.
(O Semeador - Julho de 2001)
FONTE :- ESPIRITBOOK
Nenhum comentário:
Postar um comentário