quinta-feira, 29 de maio de 2014

NOTÍCIAS PARA O AQUÁRIO TERRESTRE





Até a década de 1940 a obra de Allan Kardec era praticamente desconhecida

no Brasil e no mundo. Eram textos de circulação restrita, quase proibida,

semelhantes aos dos antigos autores dos círculos esotéricos. Essa situação

mudaria radicalmente quando vieram à público os livros de Emmanuel, André

Luiz e alguns outros Espíritos, por meio da mediunidade de Chico Xavier
.
 Essas obras despertaram nas massas a curiosidade sobre os princípios que

norteavam aquelas “revelações”, que na verdade eram ilustrações das teorias
 do Codificador do Espiritismo. Nenhuma corrente religiosa e de pensamento

, sobretudo as de origens judaico-cristã, puderam ignorar os conteúdos ali

tratados com tanta clareza desde a publicação de O Livro dos Espíritos, em

1857. Até mesmo a ortodoxia espírita, acostumada à abstração dos textos de

Kardec ficou chocada com o que leu e viu nessas narrativas da História, do

cotidiano das relações entre mortos e vivos e também daquilo que para nós

seria o futuro da Terra descrito nas comunidades espirituais. O impacto foi tão

grande que até hoje, inúmeros leitores, incluindo alguns espíritas ainda

influenciados pelo ceticismo, se mostram desnorteados com a articulações de

informações ali projetadas pelas linhas da psicografia. De todas as reações que

surgiram diante dessa obra magnífica, as que mais se mostram intolerantes

foram aquelas comunicadas até hoje por alguns confrades de doutrina,

inconformados com a enorme repercussão dessa nova literatura. Diante desse

descaso incompreensível dos pares, os autores simplesmente deram as

costas; e para os demais, que não eram espíritas, Emmanuel apenas resumiu

dizendo que realmente é muito difícil trazer notícias sobre o Oceano para quem

 ainda vive nos limites de um aquário.


Domingo 12 de janeiro de 2014

Fonte: Observador Espírita

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