quarta-feira, 14 de maio de 2014

PARÁBOLA DA FIGUEIRA SECA






Que a luz e que o imenso amor do nosso Mestre Jesus, nos envolva uma vez mais.
Hoje somos convidados a falar sobre uma passagem do Evangelho, que se chama “Parábola da Figueira Seca”.
Provavelmente muitos de nós já tivemos oportunidade de conhecer esse ensinamento de Jesus.Sabemos que o Mestre conhecia profundamente a humanidade que veio educar, portanto sabia que alguns
ensinamentos nós não estávamos maduros para compreender. Foi assim que ele usou uma ferramenta muito conhecida em sua época e bastante utilizada pelos Rabis: as Parábolas.
As parábolas são pequenas histórias, com um fundo moral, que tem o objetivo de gravar um ensinamento no coração de quem ouve, mais ou menos como as fábulas que contamos às nossas crianças. Como éramos crianças espirituais, e ainda somos, Jesus também nos contou histórias para nos ensinar. Muitas dessas parábolas, somente hoje passam a fazer sentido para nós.
Assim vamos conhecer a história, ou parábola, da figueira seca. Vejamos o Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIX, item 8:
8. Quando saiam de Betânia, ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. Então, disse Jesus à figueira: Que ninguém coma de ti fruto algum, o que seus discípulos ouviram. – No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até á raiz. – Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste. – Jesus, tomando a palavra, lhes disse: Tende fé em Deus. – Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece. (S. MARCOS, cap. Xl, vv. 12 a 14 e 20 a 23.)
Vamos ver o que esta pequena parábola pode nos ensinar?
No E.S.E aprendemos que a figueira seca é o símbolo das pessoas que tem apenas as aparências do bem, mas na verdade não produzem nada de bom. São pessoas que querem passar uma imagem que não corresponde ao que realmente são.
Dentro das religiões podemos dar como exemplo aqueles oradores, palestrantes que falam muito bem, tem muito brilho e fazem muito sucesso entre os seguidores, mas se olharmos de perto vemos que tudo que falam não passam de palavras vazias. Poucos praticam aquilo que falam.
As pessoas saem de suas palestras maravilhadas pelo rico vocabulário, pelo desembaraço com que pregam, mas se na saída perguntamos “_Como foi a palestra?”, vão dizer “_Foi maravilhosa!”; _Mas sobre o orador falou? “_ Não me lembro, mas ele fala muito bem!”
Aqui na Terra temos um ditado que simboliza isso “Por fora, bela viola, por dentro pão bolorento”.
A figueira seca também representa as pessoas que tem a chance serem úteis e não o são. No E.S.E diz que “todos os homens voluntariamente inúteis, por falta de terem colocado em prática os recursos que tinham, serão tratados como a figueira seca.” Podemos nos perguntar quais são os recursos que temos para sermos úteis à obra de Deus. Alguns dizem “não tenho dinheiro, como posso ser caridoso”, outros “não tenho tempo, como posso ajudar meu irmão”.
Não podemos esquecer que testemunho se dá em todos os lugares, a qualquer momento. O cristão é chamado a servir a todo momento.
Quem disse que fazer caridade é dar esmola? Quem disse que para ajudar é preciso renunciar às nossas atividades e responsabilidade do dia-a-dia?
Nós temos a chance de produzir frutos, em todos os lugares aonde vamos, através do nosso exemplo. Ao nos comportarmos com educação em uma fila de banco, ao respeitarmos os idosos no transporte público, ao invés de fingir que estamos dormindo, nos levantarmos e darmos o lugar à pessoa que conquistou esse direito, pois apesar de estarmos cansados de um dia de trabalho aquele senhor ou aquela senhora, já deram à sociedade o triplo de horas de trabalho que nós ofertamos. Eles cumpriram com suas obrigações.
Além dos locais de trabalho, de estudo, de convívio social, devemos dar frutos em primeiro lugar, dentro de nossos lares. De que adianta, da porta pra fora sermos um cristão exemplar, se dentro do lar somos carrascos daqueles a quem amamos?
Pelo contrário, vamos começar criando dentro de nossas casas, um verdadeiro LAR. Porque há uma grande diferença entre ter uma casa e ter um lar. A casa é a construção material, são os tijolos, o telhado, os móveis etc…mas o lar? O Lar é o que reina entre as pessoas que vivem debaixo do mesmo teto.
Se minha árvore familiar somente produz intrigas, discussões, intolerância, agressão física (ou verbal, ou psicológica), ela é tão seca quanto a figueira da história.
Agora se eu dou minha cota de participação para a harmonia do lar (mesmo que os outros não valorizem isso) eu estou permitindo que os primeiro frutos brotem em mim.
Jesus no final desta parábola também fala da fé.
Sabemos que a fé nos traz esperança em dias melhores, mas os espíritos nos alertam para que nossa fé não seja cega, pelo contrário que seja raciocinada. Eles dizem “Ame a Deus, mas saiba porque você O ama; creia em Deus mas saiba porque você deve crer Nele, sigam nossos conselhos mas entendam a importância e o valor de segui-los. O milagre é obra da fé.”
Este é o convite desta passgem. Utilizarmos todas as oportunidades de sermos úteis, em primeiro lugar na nossa família, depois no trabalho, na escola, no centro, na sociedade e termos a fé raciocinada, nunca a fé cega.
É assim que o mundo vai melhorar: quando cada um de nós nos tornarmos melhores.
Paz a todos.
Fonte: Pensamentos Espíritas

ESPIRITBOOK.

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